ATA DA SEXAGÉSIMA QUARTA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 10-7-2013.
Aos dez dias do mês de
julho do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr.
Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, João Carlos Nedel, Jussara Cony,
Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha
Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos
os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto
Kopittke, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Edi Wilson Dinho, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, João Derly, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely,
Mario Manfro, Mônica Leal, Pedro Ruas, Professor Garcia, Valter Nagelstein e
Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Resolução nº 014/13
(Processo nº 1593/13), de autoria do vereador Dr. Thiago; os Projetos de Lei do
Legislativo nos 191 e 196/13 (Processo nos 1843 e
1860/13, respectivamente), de autoria do vereador João Carlos Nedel; o Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 026/13 (Processo nº 1278/13), de autoria
do vereador Marcelo Sgarbossa; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 173/13
(Processo nº 1711/13), de autoria do vereador Mauro Pinheiro. Também, foi
apregoado o Ofício nº 840/13, do senhor Prefeito, solicitando o arquivamento do
Projeto de Lei do Executivo nº 001/13 (Processo nº 0677/13). Do EXPEDIENTE,
constou Ofício s/nº, da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização da Câmara dos Deputados, emitido no dia dezoito de junho do
corrente. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Reginaldo
Pujol, solicitando Licença para Tratamento de Saúde do dia de hoje ao dia
dezessete de julho do corrente, tendo o senhor Presidente declarado empossado
na vereança o suplente Edi Wilson Dinho, após a entrega de seu Diploma e
Declaração de Bens, bem como a prestação do compromisso legal e indicação do
nome parlamentar, informando que Sua Senhoria integrará a Comissão de
Constituição e Justiça. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador
Guilherme Socias Villela, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia
de hoje. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Clàudio Janta,
Paulinho Motorista, Jussara Cony, Fernanda Melchionna, Tarciso Flecha Negra,
Luiza Neves, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir Cecchim e Pedro Ruas. Na
ocasião, o senhor Presidente concedeu a palavra ao vereador Edi Wilson Dinho,
que se pronunciou nos termos do § 8º do artigo 12 do Regimento. Às quinze horas
e quarenta e quatro minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em Votação, foram aprovados os Requerimentos nos 120 e
130/13 (Processos nos 1935 e 2114/13, respectivamente). A seguir,
foi aprovado Requerimento verbal formulado pela vereadora Sofia Cavedon,
solicitando a retirada de expressão constante do Requerimento nº 127/13
(Processo nº 2090/13). Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 127/13
(Processo nº 2090/13), por quatorze votos SIM, seis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO,
após ser encaminhado à votação pelo vereador Engº Comassetto, em votação
nominal solicitada pelo vereador Paulo Brum, tendo votado Sim os vereadores
Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Clàudio Janta, Engº Comassetto, Fernanda
Melchionna, João Derly, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mauro
Pinheiro, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Séfora Mota e Sofia Cavedon,
votado Não os vereadores Cassio Trogildo, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger,
Mario Manfro, Paulo Brum e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção o vereador
Waldir Canal. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado pela vereadora
Séfora Mota, solicitando a retirada do Projeto de Lei do Legislativo nº
037/13 (Processo nº 0666/13) da priorização para a Ordem do Dia da presente
Sessão. Em Votação, foi
aprovado o Requerimento nº 128/13 (Processo nº 2110/13), após ser encaminhado à
votação pelos vereadores Sofia Cavedon, Nereu D'Avila, Clàudio Janta, Fernanda
Melchionna e Alceu Brasinha. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de
Lei do Executivo nº 009/13 (Processo nº 0824/13), o qual, após ser discutido
pelos vereadores Engº Comassetto, Sofia Cavedon, Airto Ferronato, Alberto
Kopittke, Cassio Trogildo, Alceu Brasinha, Fernanda Melchionna, Mauro Pinheiro,
Idenir Cecchim e João Carlos Nedel, teve adiada sua discussão por três Sessões,
a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador Airto Ferronato. Durante a
apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 009/13, os vereadores Paulinho
Motorista e Marcelo Sgarbossa cederam seus tempos de discussão aos vereadores
Airto Ferronato e Engº Comassetto, respectivamente. Ainda, foi apregoado o
Memorando nº 051/13, firmando pelo vereador Dr. Thiago, Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre, informando que Sua Excelência representará
externamente este Legislativo, no dia quinze de julho do corrente, no evento
Planejamento Familiar e Drogadição, no Município de Santana do Livramento – RS.
Às dezessete horas e vinte e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às dezessete horas e trinta e seis minutos. Às
dezessete horas e trinta e oito minutos, o senhor Presidente declarou encerrada
a Ordem do Dia. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 006/13, os Projetos de Lei do Legislativo nos
059, 079, 112, 172 e 175/13, o Projeto de Lei do Executivo nº 019/13; em 2ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 018, 112, 130 e
198/13, os Projetos de Lei do Executivo nos 020 e 021/13, o Projeto
de Resolução nº 009/13. O vereador Clàudio Janta pronunciou-se durante o
período de Pauta. Durante a
Sessão, os vereadores Valter Nagelstein e Jussara Cony manifestaram-se acerca
de assuntos diversos. Também, foram registradas as presenças, neste Plenário,
do senhor Rodrigo Puggina, Presidente do Conselho
Penitenciário da Secretaria de Segurança, e da senhora Tânia de Souza,
Presidenta da Fundação de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário. Às dezoito horas e quarenta e oito
minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Dr. Thiago e Bernardino Vendruscolo e secretariados
pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Apregoo
Requerimento, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde no período de 10 a 17 de julho de 2013.
O Suplente Edi Wilson
Dinho assumirá no lugar do Ver. Reginaldo Pujol. Solicito ao Suplente Edi Wilson
Dinho que entregue seu Diploma e a Declaração de Bens a esta Mesa.
(Procede-se à entrega do Diploma
e da Declaração de Bens.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Solicito que os presentes, em pé, ouçam o
compromisso que o Suplente Edi Wilson Dinho prestará a seguir.
O
SR. EDI WILSON DINHO: “Prometo cumprir a Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, defender a autonomia municipal, exercer com honra, lealdade e
dedicação o mandato que me foi conferido pelo povo”. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Declaro empossado o Ver. Edi
Wilson Dinho. O nome de V. Exa. já está
aqui consignado, Edi Wilson Dinho; V. Exa. integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Seja bem-vindo!
Solicito aos Srs. Líderes
que se aproximem da Mesa. (Pausa.)
Eu quero fazer uma comunicação com relação ao dia
de amanhã. Em função da paralisação já editada nacionalmente, em função de que
muitos servidores desta Casa não terão – inclusive porque não vai haver ônibus
intermunicipal – como vir a esta Casa, e visando resguardar a segurança do
Parlamento, nós não teremos atividade, e não haverá a Sessão Ordinária na
quinta-feira.
Eu quero agradecer a contribuição do Ver. Mario
Fraga, que ajudou a construir esse processo, e a todos os Vereadores que aqui
estiveram.
Apregoo
Requerimento, de autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, solicitando Licença
para Tratamento de Saúde no dia 10 de julho de 2013.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria,
primeiramente, dar os parabéns a esta Casa pela sensatez de entender a
dificuldade dos funcionários para virem até aqui amanhã, e dizer que, amanhã,
os trabalhadores de todo o Brasil, principalmente os trabalhadores de Porto
Alegre, da nossa querida Cidade, estarão fazendo um grande dia de lutas, greves
e mobilizações. Será um dia em que nós estaremos nas ruas pelo fim do fator
previdenciário, pela jornada de 40 horas, por uma nova tabela do imposto de
renda, com isenção para quem ganha até R$ 6 mil; 10% do PIB para Educação, 10%
do que o País arrecada para a Saúde. E a nossa central, a central que eu
presido aqui no Estado, e de que sou dirigente nacional, ainda incluiu dois
temas na agenda. Um deles é a PEC 300, que garante a Segurança pública nos
Municípios, no Estados e neste País, e também a garantia da Petrobras, a
garantia de que a nossa estatal brasileira não será vendida, e, principalmente,
de que os recursos tão propagandeados do Pré-Sal, realmente fiquem no Pré-Sal.
O Líder da nossa Bancada no Congresso Nacional, o Deputado André Figueiredo,
aprovou, na Câmara de Deputados, uma emenda que destinava 50% do total recebido
pelo Fundo Social do Pré-Sal, ou seja, dos R$ 221 bilhões destinados ao
Pré-Sal, R$ 100 bilhões seriam destinados à Educação e à Saúde. O que se viu
foi a pedido dos três patetas: que essa Reforma Política que o Brasil precisa
fazer, que o Governo Dilma precisa fazer urgentemente, é afastar o Mercadante,
o Paulo Bernardo – o Ministro da Justiça – e o Pimentel – isso o Brasil precisa
fazer. Eles foram para o Senado, derrotando o que havia sido aprovado na
Câmara, dizendo que seriam somente 50% dos recursos, dos rendimentos do
Pré-Sal, que totalizam R$ 9,37 bilhões. Isso baixa, para a Saúde e para a
Educação, R$ 4,69 bilhões. Isso é uma vergonha quando se quer falar em melhorar
o Brasil, em investir na Saúde e Educação, em melhorar o País, em dar dignidade
ao povo. Por isso, amanhã, o povo brasileiro estará em várias capitais nos
grandes polos.
Aqui, no Rio Grande do Sul, não haverá transporte
em Porto Alegre e na Região Metropolitana; os ônibus da Estação Rodoviária
chegarão e sairão somente até às 4h; várias BRs estarão interditadas. Haverá
movimentos nas BRs 290, 116, 101; em Caxias do Sul e em Pelotas.
O povo brasileiro quer soluções práticas e
concretas na questão da Saúde, da Educação, da tributação. Nós não podemos mais
ganhar R$ 1.400,00 e pagar 7% de Imposto de Renda; não ter um pacto federativo;
ver milhares de Prefeitos de pires na mão em Brasília, pedindo que aumentem o
Fundo de Participação dos Municípios. Por isso os trabalhadores, o movimento
estudantil, a sociedade civil organizada, o povo brasileiro, todos estarão nas
ruas amanhã.
A Mesa Diretora, o Presidente desta Casa, o colégio
de Líderes e os Vereadores acertaram liberar os funcionários desta Casa,
amanhã, para estarmos todos juntos nas marchas que acontecerão em várias ruas
de Porto Alegre, onde estaremos caminhando por um Brasil para todos, por um
Brasil social, por um Brasil justo, por um Brasil onde se tenha uma paridade
tributária, uma paridade social e que o povo tenha um pouco mais de dignidade
para viver! Com força e fé, vamos seguir melhorando a vida do povo e dos
trabalhadores brasileiros!
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa-tarde, Presidente Bernardino, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
pessoal que nos assiste nas galerias e pessoal que nos assiste em casa através
da TVCâmara. Hoje pela manhã, estive presente numa assembleia com os
rodoviários. Lá também estavam presentes a Ver.ª Fernanda Melchionna e o Ver.
Pedro Ruas. Nós estivemos juntos na assembleia para dar um apoio aos
rodoviários e, independente de Partidos, estávamos juntos, sempre com muito
respeito. Todos nós estávamos direcionados a uma só causa, que é a contribuição
para que os rodoviários consigam um trabalho justo, salários justos, com
dignidade, e que mude muita coisa que está acontecendo nas empresas com os
nossos amigos rodoviários! Eu me sinto rodoviário com a experiência que tenho
de 24 anos como motorista, me sinto motorista e, com certeza, muito me orgulho
disso. Os rodoviários estão numa luta pela redução da jornada de trabalho sem
redução de salário. Porque, hoje, a jornada de trabalho dos rodoviários – se a
gente for colocar no papel – chega a ser de 12 ou 13 horas de trabalho por dia.
Nesse intervalo, o motorista e o cobrador ficam à disposição da empresa, quer
dizer, o cara fica trancado o dia todo, não conseguindo agilizar assuntos da
sua própria família, porque tem que voltar e terminar a jornada. Quer dizer, o
rodoviário pega às 6h e larga às 8 e pouco da noite, passando o dia todo à
disposição da empresa. Isso tem que terminar, até porque é um serviço
estressante. O motorista trabalha nesse trânsito cada vez mais caótico de Porto
Alegre. É um estresse total, tendo que atender ao trânsito, ao passageiro. Com
certeza, o passageiro não pode perder com os atrasos que acontecem – a
população não pode continuar com essa situação, não sendo culpa do motorista,
volto a dizer; o trânsito não dá a assistência total que precisamos. As
empresas colocam horários, fazendo com que o cara não consiga retornar ao
bairro para puxar uma viagem, mas o passageiro tem horário para trabalhar.
Então fica aquela situação, aquela bola de neve: o passageiro reclamando para o
motorista; o motorista não tem culpa, pois está cumprindo o horário determinado
pela empresa.
No dia 25 de julho será o Dia do Motorista, do qual
muito me orgulho. Pedi uma homenagem para este dia aqui na Câmara Municipal,
que será realizada no dia 1º de agosto, devido ao recesso. Também quero dizer
que a população tem que ganhar com a qualidade dos ônibus. Por isso, essas manifestações
em Porto Alegre são legítimas quanto ao transporte. Sou contra esse
quebra-quebra, contra a reação da Brigada Militar, da polícia e a dos
manifestantes; tudo tem que ser cumprido de maneira a que se chegue a uma
solução para a população de Porto Alegre. É a voz da rua que temos que ouvir.
Estamos unidos, juntos, os 36 Vereadores, para lutar pela população de Porto
Alegre que nos elegeu para trabalharmos em prol dela. Continuarei trabalhando
com a parceria de todos. Um abraço aos amigos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, quero, de uma forma
muito especial, cumprimentar o meu colega farmacêutico Everton Borges, que
abrilhanta este momento em que vamos falar sobre Saúde, das lutas que pautam
hoje a sociedade brasileira no que tange à Saúde, as lutas políticas do nosso
País. O Everton é farmacêutico, meu colega, assessor das Relações
Institucionais do Conselho Regional de Farmácia. Quero agradecer muito esta
presença de uma entidade importante da nossa categoria.
Nós vivemos um tempo histórico na sociedade
brasileira, quando, sem dúvida, temos que buscar novas e imperiosas
articulações políticas, econômicas, sociais, culturais e ambientais, para que a
gente possa, num constante repensar de estratégias, ter uma resposta às
necessidades de hoje, sem comprometer ainda mais as futuras gerações do nosso
País. E é esse tempo histórico, às vésperas de uma greve geral, de um movimento
organizado da sociedade brasileira, que me instiga a contextualizar a Saúde
brasileira no processo da conquista cotidiana da construção do SUS, maior
projeto de inclusão social neste Brasil, que é referência para o mundo, mas
ainda, para os brasileiros, é um desafio.
Felizmente, na
convocação da greve geral, por toda essa luta cotidiana – várias vezes já
viemos a esta tribuna e já colocamos isso nas ações da Comissão de Saúde, no
Dia Nacional de Lutas, com greves e mobilizações –, uma das questões, uma das
lutas concretas dos trabalhadores é 10% do PIB para a Saúde, Everton. Então,
isso é fruto, inclusive, do Conselho Nacional, da luta dos trabalhadores e do
Movimento Saúde + 10, para que tenhamos, de uma vez por todas, aprovado no
Congresso Nacional, o Projeto de iniciativa popular, já que o Congresso não
aprovou – aprovou só para os Estados e para os Municípios, mas o percentual da
União, não –, liderado por esse Movimento nacionalmente. Aqui nós temos várias
atividades, desde o Fórum Social Mundial, o Fórum Social Temático, envolvidos
nesse Movimento, inclusive esta Câmara Municipal. A favor deste Projeto de
iniciativa popular, já temos dois milhões de assinaturas para que o Congresso
aprove. Acabei de falar com o líder do Movimento, o nosso colega farmacêutico,
da Federação Nacional, o Ronald Freitas, estamos em Brasília também, as
lideranças nacionais. Alguns de nós tivemos que ficar exatamente nas nossas
cidades, para fazermos desse dia um dia de mobilização. E já está marcado com o
Congresso Nacional, para o dia 5 de agosto, a entrega de mais de cinco milhões
de assinaturas, e aí é que entra o papel de cada um de nós, das entidades, dos
movimentos e desta Câmara Municipal. Nós vivemos uma nova realidade demográfica
e epidemiológica no Brasil, nós vivemos enormes desafios, se nós formos
analisar alguns entraves da Saúde, eu diria que há, Ver.ª Fernanda – que me
escuta com toda atenção –, primeiro, uma ineficiente compreensão política da
sociedade brasileira e dos governantes sobre o significado do SUS para um
projeto de desenvolvimento nacional; segundo, a visão política equivocada de
que um sistema como o SUS se constitui numa mera política deste ou daquele
governo, quando não é; é uma política de Estado, e, portanto, tem que ter ações
de Estado; terceiro, o subfinanciamento e o não cumprimento de todas as
instâncias federativas com os percentuais orçamentários. Este Projeto de
iniciativa popular se concentra na determinação de 10% do PIB – Produto Interno
Bruto – para as ações e serviços de Saúde. Nós temos que ousar. E ousar, neste
momento, significa que eu vou sair desta tribuna e vou passar, primeiro para o
nosso Presidente, e depois, em todas as Bancadas, um abaixo-assinado. Já
solicitamos, já conversamos com o Presidente, pois queremos um link da Câmara Municipal para colher
assinaturas, vamos passar por todos os servidores desta Casa. O ato mais
político é hoje, aqui, neste momento, com a assinatura dos Vereadores e
Vereadoras. Amanhã, estaremos na Esquina Democrática, todos os movimentos
relativos à Saúde, ao Controle Social e nos somando à greve geral e às
mobilizações, exatamente porque Saúde é estratégica para um projeto de
desenvolvimento econômico, social e humano. E é inadmissível que nós não
tenhamos, por conta do Congresso Nacional, em 25 anos de SUS, determinado
percentual da União. Agora, nós vamos determinar isso, Everton, por um projeto
de iniciativa popular, com milhões de assinaturas. Essa é a tarefa do dia de
hoje, num preparo para o dia de amanhã e num preparo de melhores dias para esta
Nação, passando por melhores dias e qualidade de vida e saúde para a população
do nosso País. Viva o SUS, porque o SUS é que recebe todos aqueles que têm a
necessidade de um atendimento qualificado. Mas nós queremos mais Viva SUS, quando esse atendimento se materializar no dia a dia da vida
de todos os brasileiros. Muito obrigado. Passo, então, ao nosso Presidente em
exercício, Ver. Bernardino, para abrir a lista de assinaturas da Câmara
Municipal de Porto Alegre.
(Não revisado pela
oradora.)
(O Presidente
Bernardino Vendruscolo recebe o abaixo-assinado.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa-tarde a
todas e todos, eu queria, primeiro, falar da importância histórica dessa greve
geral que está sendo convocada para amanhã, 11 de julho. Quero dizer que a
última vez que eu recordo de uma greve geral no nosso Município, no nosso País,
foi no ano de 2001, quando nós estávamos – Ver. Pedro Ruas que estava comigo na
Assembleia dos Rodoviários, hoje de manhã, e estaremos juntos com os
Rodoviários amanhã pela manhã – nas garagens de ônibus da nossa Capital, lá em
2001. Mas não dá para analisar a greve geral longe de um contexto. Um contexto
histórico que aconteceu e acontece neste momento no nosso País, em que os
jovens se levantaram primeiramente condenando a verdadeira vergonha que são as
tarifas de ônibus no nosso País, lutando contra os aumentos abusivos da
passagem. E Porto Alegre deu um exemplo de mobilização e de conquista dessa
juventude, apoiada pelos rodoviários, apoiada pela população, por fora dos
Partidos, do regime, e dos grandes aparatos sindicais. E esses jovens, com a faísca
do aumento da passagem, pautaram uma série de coisas que têm a ver com a
verdadeira vergonha e desigualdade com que as coisas são realizadas nos
palácios do poder do nosso País. São bilhões destinados para construir
estádios, enquanto falta verba para a Saúde e a Educação, e o absurdo que é ter
o Marcos Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos, um homofóbico, um
racista, um machista. Há uma luta contra os projetos reacionários como a cura gay, e, sobretudo a batalha por
democracia real. Nós vivemos, na verdade, na ditadura do capital, em que os
grandes empresários mandam no País como agentes nos legislativos, nos
executivos, que comandam a verdadeira farra com os recursos públicos. E é muito
importante discutirmos isso, porque a resposta dos governos foi dizer que
ouviriam a voz das ruas. Nós vimos a Dilma apresentar projetos requentados que
já eram pauta do Movimento Estudantil, como os royalties do petróleo para a Educação, e a constituinte exclusiva
para discutir reforma política. Nós achávamos que era necessária uma
constituinte geral para discutir a concentração de riqueza no nosso País, para,
de fato, radicalizar as estruturas de poder no sentido de ampliar radicalmente
a democracia. Mas essa proposta sequer demorou 24 horas. Depois transformaram
essa proposta num plebiscito com perguntas, de fato, ridículas, como o voto
distrital, quando temos muita coisa para discutir tratando-se de reforma
política, como a revogabilidade de mandatos, pois boa parte dos mandantes
promete mundos e fundos na campanha eleitoral, mas mal passa a eleição e não
cumprem uma palavra do que prometeram. E é importante a população ter
mecanismos democráticos para revogar mandatos, quando não estão cumprindo o que
as ruas querem. Além dessa proposta pífia de plebiscito, a oposição de direita,
o PSDB e o DEM trataram de fazer uma proposta pior, um referendo entre “sim” e
“não” da proposta votada pelo Congresso. Ao fim e ao cabo, as decisões viriam
do apodrecido Congresso Nacional. Hoje pela manhã, enterraram as duas, porque
não querem nenhuma forma de ampliar a democracia e de ter grandes discussões
políticas. Não querem fazer as verdadeiras perguntas, Ver. Pedro Ruas, como:
por que 50% do orçamento nacional vai para banqueiro; por que não é
regulamentado o imposto sobre as grandes fortunas; por que existe a farra dos
empreiteiros no nosso País; por que os deputados ganham 20 vezes mais que um
professor, que sequer ganha o piso nacional do Magistério; por que os políticos
podem usar avião da FAB e o povo brasileiro tem que ganhar R$ 678,00? É por
isso que eles não querem ouvir a voz das ruas. Não querem as respostas para
essas perguntas que mostram o privilégio dos ricos e dos políticos. Portanto, é fundamental a mobilização de amanhã. A proposta do passe
livre, do Governador Tarso Genro, dada ao movimento quando o Bloco de Lutas
estava nas ruas, já caiu por terra; a Assembleia Legislativa tirou o Regime de
Urgência. Na verdade, mais uma vez, um bode na sala para enfraquecer o
movimento social e fazer com que a população seja enganada por aqueles que não
querem ampliar direitos para a nossa população. Portanto, nós saudamos que o
dia 11 de julho seja um dia de grandes lutas, e estaremos, amanhã de manhã,
juntos com os rodoviários para construirmos uma grande greve, que traga
conquistas para a nossa população.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Edi Wilson Dinho está com a palavra, nos termos do art. 12 do Regimento.
O SR. EDI WILSON DINHO: Boa-tarde
a todos, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, todos os que
aqui estão; vou ser breve, estou substituindo o nosso amigo Pujol, espero que
ele se recupere logo. Exmo. colegas Vereadores e Vereadoras, povo de Porto
Alegre, este é um momento de grande alegria para mim como brasileiro, como
gaúcho e porto-alegrense de coração.
Exercer um cargo
público tem uma importância ímpar em nossas vidas pela representatividade que
nos trouxe aqui e pela responsabilidade com que deve ser exercido. Estou aqui
porque o povo desta Cidade confiou em mim para ser um dos seus representantes e
para defender os seus interesses, além de encaminhar soluções que atendam aos
seus desejos e necessidades.
Agradeço o
apoio da minha família que entendeu minha decisão e sempre esteve ao meu lado,
à minha esposa, Luciana, minha principal cabo eleitoral e porto seguro ao final
de cada jornada – peço desculpas porque estou meio emocionado.
A história da Câmara Municipal de Porto Alegre mostra que ela sempre soube
ouvir a sociedade, e, como Capital de todos os gaúchos, todas as decisões
tomadas nesta Casa repercutem em todo o Estado. Aqui são discutidos e
encaminhados temas de importância para o crescimento da Cidade e para o
desenvolvimento da sociedade. Esta Casa tem um papel importantíssimo junto ao
povo, e nós, como seus representantes, devemos respostas e ações que
justifiquem a confiança em nós depositada.
Minha história
começou lá no Interior de Sergipe, em Neópolis. De origem humilde, vi no
esporte a oportunidade para melhorar de vida e ajudar minha família. Rodei o
mundo, enfrentei a distância e a saudade da família, conheci pessoas e alguns
lugares diferentes. E quando cheguei a Porto Alegre, como atleta do Grêmio
Foot-Ball Porto Alegrense, senti que este era o lugar da minha vida. Aqui criei
raízes e família. O calor da torcida gremista e do povo mostrou que meu coração
não se engana. Aos poucos a convivência, o calor e o carinho de todos foram
tomando conta de mim.
Como atleta
profissional, foi no Grêmio Porto Alegrense que conquistei os maiores e mais
importantes títulos da minha vida. Tenho orgulho de fazer parte da história de
um clube com a história e a tradição do tricolor gaúcho. Quando me retirei dos
gramados, este foi o lugar que escolhi para morar. Saí dos campos, mas não
abandonei a batalha. Senti que de alguma maneira precisava devolver o amor que
recebi de todos. Andando pelo Estado, e principalmente pelos bairros de Porto
Alegre, vi pessoas e situações que me tocavam e me emocionavam. Ouvi líderes
comunitários, pessoas comuns, jovens e idosos, crianças e adolescentes. Vou
usar minha experiência e meu exemplo para ser agente transformador da realidade
dessas pessoas e da nossa Cidade.
A escolha pelo
caminho da política foi natural, porque na política é que está a solução de
pequenos e grandes problemas. A minha candidatura foi a forma de retribuir ao
porto-alegrense, independentemente de clube, o muito que recebi. E venho
colocar à disposição o meu trabalho para que cada um – muito mais que os 3.613
votos que conquistei nas urnas – sinta-se representado. Há muito a ser feito, e
o meu Gabinete está aberto a todos. O meu mandato esta a serviço da luta por
políticas inclusivas e socialmente justas que afastem o preconceito do nosso
dia a dia, pelo cuidado e respeito ao idoso, pelo esporte como porta de entrada
na inclusão social dos jovens e como apoio à educação, além de ser fundamental
para a conscientização dos jovens ao afastá-los das drogas. Com a ajuda de
vocês, eu vou dar um “carrinho” na desigualdade. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Registramos a presença do Dr. Rodrigo Puggina, Presidente do Conselho
Penitenciário da Secretaria de Segurança e da advogada Tânia de Souza,
Presidente da FAESP, Fundação de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário.
Estejam todos cumprimentados por esta Casa e sejam bem-vindos também.
O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa-tarde,
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras e a todos que nos assistem. Hoje,
Presidente, é uma alegria imensa, aliás, duas, uma pelo Museu do Negro – e eu
vou falar disso daqui a pouco –, e pelo meu amigo Dinho; seja bem-vindo em nome
da nossa Bancada, minha e do Bernardino. Seja bem-vindo à nossa Câmara de
Vereadores. Mais um lutador que sai daqueles gramados do Grêmio e que agora
vem, aqui na Câmara, lutar conosco. Obrigado, Dinho, seja bem-vindo.
Presidente, das cinco
emendas que apresentei à CEFOR, duas foram aprovadas, e isso me deixou muito
feliz, porque são emendas dentro da minha bandeira, que é o Museu do Negro. O
Museu do Negro em Porto Alegre é um sonho de muitos, muitos anos. É um sonho –
posso confessar a vocês – como o título de Campeão da América, de Campeão do
Mundo, é um sonho como um gol bonito. Eu vou bater sempre, sempre, sempre que
vier aqui, como a inclusão social da criança através do esporte, educação e
cultura.
Das duas emendas
aprovadas, uma é da infraestrutura. É claro, eu vou recorrer ao meu amigo
Comassetto, sei que ele tem um local para construir, e não tem lugar melhor do
que aquele ali para representar o Museu do Negro, que é no Largo Zumbi de Palmares. Que maravilha,
Comassetto! E a gente recorre aqui à sua pessoa, Comassetto, porque esse é um
sonho não só do Tarciso Flecha Negra, mas também do povo gaúcho, é um sonho do
porto-alegrense, onde 50% é de afrodescendentes. Confesso a vocês que, se algum
dia eu não estiver aqui na Câmara e não tivermos o Museu do Negro, eu vou me
sentir um cara muito frustrado, por ter passado aqui dois mandatos e não ter
conseguido o Museu do Negro. Será uma frustração muito grande na minha vida.
Por isso eu peço aos Pares, aos colegas Vereadores e Vereadoras que me ajudem
nesse sonho; o Museu do Negro não é do Tarciso, o Museu do Negro é de Porto
Alegre e, principalmente, dos afrodescendentes.
Veja a importância
desse Museu, gente! Vem aí a Copa do Mundo. Em todas as capitais por que
passei, existe um Museu do Negro: Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte. Em Minas Gerais, onde nasci, na cidade de Ouro Preto, lá está o Museu
do Negro, ao ar livre, as minas, os cafezais, as fazendas, tudo onde o negro
começou a sua grande história neste País.
Então, hoje é um dia
muito feliz, valeu a pena; o Projeto Museu do Negro está aprovado, agora, com a
aprovação dessas duas emendas, só falta o local. E esse local, eu tenho certeza
de que o meu amigo, Ver. Comassetto, vai nos ajudar a encontrá-lo para que
consigamos ver esse sonho realizado de vez. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra para uma Comunicação de Líder,
pelo Governo.
A SRA. LUIZA NEVES: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino Vendruscolo, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público aqui da
plateia, público que nos assiste pela TVCâmara, senhoras e senhores,
primeiramente, gostaria de dar as boas-vindas ao colega Ver. Dinho por estar
assumindo hoje, e gostaria de agradecer ao Líder do Governo, Ver. Airto
Ferronato, por me ceder este tempo.
Eu estou aqui hoje,
porque nós sabemos que a nossa Cidade tem muitos assuntos, muita preocupação,
muito trabalho para nós executarmos. E dentre eles, a nossa Frente Parlamentar,
que é pela eliminação de todo o tipo de discriminação e violência contra a
mulher, nós estamos, sim, toda a semana, com medidas efetivas, com trabalhos,
com seminários.
Eu gostaria de falar
do nosso seminário que aconteceu na última sexta-feira, no qual tivemos, Ver.ª
Jussara Cony, várias propostas. E foi um seminário que eu gostaria de
agradecer, pois nós tivemos a presença de um bom número desses Vereadores, com
a abertura do nosso Presidente, Ver. Dr. Thiago; com o Vice-Presidente da
Frente, Ver. Kopittke; com a nossa Relatora, Ver.ª Jussara Cony; o Ver.
Brasinha, o Ver. Delegado Cleiton, a Ver.ª Lourdes Sprenger, o Ver. Mario
Fraga, o Ver. Marcelo Sgarbossa, que deu uma passada depois, e o Ver. Reginaldo
Pujol.
Também gostaria de agradecer aos funcionários que
ficaram até à noite, de plantão, dando-nos apoio, e, também, às nossas
palestrantes, a Dra. Andréa Machado, do IGP; a Tenente-Coronel Nádia Gerhard,
Comandante da Patrulha Maria de Penha; a Dra. Jamile de Toledo, da Defensoria
Pública; a Secretária Adjunta da Mulher, Waleska Vasconcellos, e todos que ali
estiveram participando, durante a tarde e a noite, de assuntos e temas
relevantes sobre a violência contra a mulher, que diariamente tem crescido
tanto na nossa Cidade quanto no nosso Estado e País. Foram feitos vários
encaminhamentos, dentre eles, a necessidade da descentralização desse
Seminário, desse trabalho, e, por proposição da Ver.ª Jussara Cony, ficou
decidido que nós continuaremos indo aos bairros, indo às nossas comunidades,
levando o debate sobre a violência, para que possamos encontrar medidas
efetivas de barrar a violência contra a mulher, tema do nosso Seminário
“Violência contra a Mulher: basta!” E é este o objetivo dessa Frente
Parlamentar.
Eu gostaria de dizer, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, que nós não estamos aqui por mero acaso; nós
estamos aqui, porque temos compromissos com uma sociedade, e, principalmente,
com a família e com a mulher.
Eu gostaria também de destacar a participação da
Ver.ª Jussara Cony – e eu dizia isso no Seminário –, que é alguém para quem
tenho que tirar o chapéu; uma Vereadora de 70 anos, que esteve presente desde a
abertura do Seminário, às 14 horas, até o encerramento, às 21 horas, com todo o
seu entusiasmo e energia, contagiando-nos, e ainda nos brindando, senhores, com
uma maravilhosa poesia sobre a índia, fazendo o encerramento do Seminário.
Então, Ver.ª Jussara, pessoas como V. Exa. é que
são o meu espelho, e que pego como exemplo, e queremos que caminhe ao nosso
lado, ajudando-nos. É com V. Exa. que eu estou aprendendo. Sou Vereadora de
primeiro mandato, e, com certeza, com muita humildade, com muita seriedade,
garra e coragem para trabalhar, e assim nós continuaremos. Outros seminários
virão, e eu quero dizer aos que nos assistem pela TVCâmara, que esse trabalho
de combate à violência contra a mulher não para por aqui. Nós continuaremos,
sim, com força, garra, coragem e determinação. Quero fazer o meu agradecimento.
Muito obrigada, e que Deus abençoe todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): O Ver. Elizandro
Sabino está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a minha vinda à
tribuna, em nome da Bancada do PTB – agradecendo, desde já, o colega Ver. Paulo
Brum e os demais colegas Vereadores da nossa Bancada –, é para fazer referência
ao aniversário da Lei nº 8.069, de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente,
que, agora, dentro de três dias, estará completando 23 anos. Portanto, nós
queremos, em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, fazer a nossa
saudação especial ao aniversário da Lei Federal nº 8.069. Estive, esta semana,
na cidade de Igrejinha, na chamada SemanECA, que é a Semana da Criança e do
Adolescente, juntamente com o Executivo e com o Legislativo. A Frente
Parlamentar que tem lá na cidade de Igrejinha, Ver. Paulinho, faz um belíssimo
trabalho de interlocução com a comunidade e com a sociedade de um modo geral,
com a sociedade civil organizada.
É claro que o Estatuto da Criança e do Adolescente,
que comemora os seus 23 anos no dia 13 de julho – que foi a data da promulgação
dessa Lei –, tem grandes avanços no que tange à temática sobre a Criança e o
Adolescente. É oportuno referir que, antes, com o Código de Menores, havia uma
repressão às crianças e aos adolescentes. Depois, com o advento da Constituição
Federal de 1988, com o seu art. 227, passaram a ser esculpidos os direitos para
a garantia da família e das crianças e adolescentes. O art. 227 da Constituição
Federal, que lá está até hoje, foi exatamente recortado e colado na Lei nº
8.069, que é o Estatuto da Criança e do Adolescente, no seu art. 4º, onde
encontramos que são direitos de crianças e adolescentes a vida, a saúde, a
alimentação, a educação, o esporte, o lazer, a profissionalização, a cultura, a
dignidade, o respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária. Todos
esses direitos estão elencados no art. 4º e nos artigos subsequentes. Portanto,
quando de forma errônea algumas pessoas falam que o Estatuto da Criança e do
Adolescente veio apenas para proteger, nós queremos dizer que não é verdade. No
seu art. 53, inciso V, fala que a criança tem o direito ao acesso à escola
pública e gratuita próxima de sua residência. E no art. 56, nos incisos II e
III, fala que os dirigentes de estabelecimentos de Ensino Fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de reiteração de faltas, de elevados
níveis de repetência. Ou seja, não são só direitos que encontramos no Estatuto
da Criança e do Adolescente, são deveres também: o dever de frequentar a
escola, o dever de ser aprovado, o dever de estar tendo o acesso efetivo e com resultados
efetivos. Portanto, a nossa manifestação no dia de hoje é saudando e
parabenizando o aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras; lideranças aqui
presentes; senhoras e senhores da imprensa, venho aqui em nome da Bancada do
meu Partido, o Partido dos Trabalhadores, em meu nome e dos Vereadores Sofia
Cavedon, Marcelo Sgarbossa, Alberto Kopittke e Mauro Pinheiro, para
externalizar a nossa postura e a nossa indignação com o Congresso Nacional
deste País, que, ontem, fez todo um movimento conservador para que não se trate
da Reforma Política. Todos nós sabemos que o Congresso Nacional e os
Parlamentos em geral estão distanciados dos anseios da população e não ouvem as
ruas. E, no momento em que o Congresso Nacional, por um conjunto de alegações,
diz que a Reforma Política não é necessária neste momento e não se empenha para
que ela saia, tem uma postura conservadora. Essa postura não vem ao encontro
das vozes que clamam nas ruas por reformas profundas neste País. E uma dessas é
a Reforma Política. Portanto, o nosso Partido, junto com o PCdoB e com o PDT,
assumiu a postura de apresentar um Decreto Parlamentar para que o tema da
Reforma Política seja tratado. Como disse o nosso Líder, ontem, lá no Congresso
Nacional, quando se quer, se faz. E o Partido dos Trabalhadores quer, sim,
fazer a Reforma Política, e combateremos aquelas vozes do Parlamento que são
conservadoras, que, antes de discutir com a sociedade, pensam em seus
privilégios. O Partido dos Trabalhadores vem aqui externalizar todo o apoio para
que o Decreto Parlamentar seja instituído, para que o plebiscito saia neste ano
ainda.
O segundo ponto que quero aqui discutir: amanhã,
teremos mais uma manifestação pública, um dia de lutas. E um dos temas é o
transporte público da cidade de Porto Alegre. Nesse sentido, em nome do meu
Partido, quero cumprimentar os integrantes do Bloco de Lutas que aqui estão e
que conduziram o processo de manifestação e de diálogo na cidade de Porto
Alegre. Quero ainda dizer que apresentamos um Projeto de Lei, junto com colegas
Vereadores de outras Bancadas, e que estamos fazendo aqui o debate, como o da
transparência no processo de transporte público de Porto Alegre. Propusemos a
criação do sistema de gestão do transporte público de Porto Alegre, porque,
hoje, toda a bilhetagem eletrônica é controlada pelas empresas privadas. E nós
entendemos que esse dinheiro, que é mais ou menos R$ 600 milhões por ano, tem
que ser gerido pelo Poder Público municipal, para que esse recurso seja
direcionado para melhorar a qualidade, para dar transparência ao processo e
para que a passagem diminua de valor. O projeto diz também que toda isenção
tributária concedida tem que ser revertida cem por cento para diminuir o valor
das passagens. Não foi o que aconteceu agora, quando diminuímos 2,5% do ISSQN,
o que representa R$ 0,07, e a passagem baixou somente R$ 0,05. Para onde estão
indo os outros R$ 0,02? Sobre milhões, isso significa também milhões. Queremos
registrar a posição de que o sistema de transporte público de Porto Alegre não
pode continuar como está. Ele não tem transparência, não é democrático, não
apresenta qualidade. O projeto que apresentamos cria a gestão pública do
sistema de transporte público, dá transparência, democratiza o Conselho,
inclusive dizendo que um terço desse Conselho tem que ser eleito diretamente
pelos cidadãos, e que a Prefeitura tem que apresentar 30 dias antes, pela
Internet, a planilha com a sua proposta para qualquer aumento, para que todos
possam debater. Então, venho aqui novamente, em nome da minha Bancada, trazer
esse debate e mantê-lo vivo na Cidade. Um grande abraço, e muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; acabo de vir do
lançamento da Febravar – Feira Brasileira do Varejo, Ver. Valter Nagelstein, V.
Exa. que tem uma ligação com os nossos lojistas, com o varejo de Porto Alegre,
do Rio Grande do Sul. Feira Brasileira do Varejo, onde estavam lideranças
empresariais, lojistas, expositores, mostrando o que há de mais moderno para a
atividade varejista na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no
Brasil.
Feito esse registro, eu queria comentar também, junto
com o Ver. Comassetto, sobre ouvir as ruas. Ele disse que o Congresso... o
Congresso eu até concordo com ele que está inoperante, mas dizer que quem não
for a favor do plebiscito é retrógrado, com isso eu não posso concordar. Nós
não concordamos com o plebiscito porque, acompanhando todos os desdobramentos
das ruas, todos os gritos das ruas, todos os cartazes que estavam nas ruas, eu
não vi um único cartaz que pedisse plebiscito. Eu não vi um único cartaz que
pedisse plebiscito! Eu vi todos os cartazes pedindo segurança, que aqui no Rio
Grande não tem; eu vi todos os cartazes pedindo saúde, que aqui no Rio Grande
não tem; eu vi cartazes pedindo educação, que aqui no Rio Grande também não
tem; eu vi cartazes pedindo diálogo com os trabalhadores, Ver. Janta, o Governo
não dialoga, ou é a favor ou, senão, é contra eles. A única coisa que eu não vi
escrito nas ruas foi o plebiscito, e foi a única coisa que a Presidente e o PT
estão defendendo, por que será? Por que será que eles estão pedindo uma única
coisa que não apareceu nas caminhadas? A Presidenta, eu acho que não só por
ela, mas pela assessoria, pelos primeiros Ministros que ela arrumou ali – o
Mercadante, o Pimentel, o nosso Ministro da Justiça –, olha, eu acho que
recomendaram mal. Agora, ela caba de levar uma vaia dos Prefeitos, quase cinco
mil Prefeitos em Brasília e a Presidenta leva uma vaia. Eu não acredito que
seja vaia só para a Presidenta Dilma, eu acho que é uma vaia para o metal
cansado: são muitos anos de enganação, são dez anos de empulhação, de mentira,
de aplicação, e o povo cansou.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: E é para o Temer também – viu, Ver.ª Sofia?! –, também é; só que o Temer
discordou desde o primeiro dia do plebiscito.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Não, não precisa; o PMDB não tem esse problema, não! Nós voltamos e
vamos ganhar a eleição do PT também no ano que vem em Porto Alegre e no Rio
Grande do Sul. O PMDB vai ganhar as mamatas – como a senhora diz, e o PT é
acostumado – na urna também, como vocês ganharam na urna. Desfaça da carona,
vocês estão implorando para o PMDB ficar junto! Eu não votei no PT, mas o PT
pede por favor! Se o PMDB sai deste Governo, meu Deus do céu! E essa parte que
está agarrada lá com o PT, até é bom que não fale que são nossos companheiros.
Ver. Janta, a greve geral de amanhã é convocada
pela sua Central também. No meu gabinete, eu avisei aos nossos servidores que
quem quiser vir trabalhar que venha; eu, que sou pago para trabalhar, estarei
aqui amanhã, vou estar aqui; o Ver. Valter vai estar aqui também, a Ver.ª
Lourdes também. Encontrei o Ver. Garcia no corredor, e ele também vai estar
aqui, nós vamos estar na Câmara. É uma livre decisão de cada um, de cada setor,
mas eu vi que foi recomendado que pelo menos 50% do transporte coletivo esteja
na rua – e vai estar –, então, terá ônibus. Acho que vai ser uma oportunidade
de protestar para quem quiser protestar, mas muitos vão protestar trabalhando,
que é uma forma bonita também de fazer um protesto, até para esse pessoal que
não trabalha – pode ser congressista, pode ser da Assembleia, pode ser da
Câmara: quem não trabalha protesta como sempre, ou seja, não trabalhando; e
quem trabalha pode protestar trabalhando, ou pode ir para a rua reclamar do
jeito e da maneira que bem entender.
Eu queria – não tenho tempo, mas depois vou voltar
a falar – tentar conversar com a Ver.ª Séfora Mota para nós transferirmos essa
votação sobre a comanda; que se faça mais uma reflexão durante as férias, vamos
dar mais uma conversada, vamos dar uma repensada, vamos olhar para ver o que se
pode fazer para não prejudicar milhares e milhares de trabalhadores.
Conversando com eles e com os empresários também, eu tenho certeza de que
chegaremos a um denominador comum. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos
assiste; ontem eu ouvi uma entrevista no rádio de um representante dos
empresários de ônibus em Porto Alegre. Enquanto ouvia uma sucessão de
barbaridades que dizia aquele senhor – mentiras inacreditáveis –, eu lembrava
que esse movimento nacional extraordinário que está nas ruas e que nos
representa nas ruas teve seu início exatamente na luta por uma tarifa de ônibus
mais justa e por uma contestação desse verdadeiro abuso de décadas que em
várias cidades, incluindo Porto Alegre, praticam os empresários desse setor.
Não é demais lembrar que esse é um setor que atua em cima de um serviço
público, e a Constituição Federal permite a delegação para a iniciativa privada
mediante licitação, coisa que em Porto Alegre, por exemplo, entre outras
cidades, jamais aconteceu.
Mas me chamava a atenção – me perdoem a expressão –
a verdadeira cara de pau desse representante dos empresários de ônibus ao
afirmar que estavam, aspas, trabalhando no vermelho, fecha aspas. Ora, são
décadas e décadas que esses senhores colocam nas tarifas de ônibus de Porto
Alegre – e não é só em Porto Alegre – o preço que querem! Cobram o que querem e
sempre tiveram a aquiescência, o beneplácito, a submissão do Conselho Municipal
de Transportes, Ver. Paulinho, e também da Prefeitura. Ganharam rios de
dinheiro às custas do nosso povo, exploraram o mais que puderam! E agora eles
chegam a dizer que trabalham no vermelho! É inacreditável a falta de
compromisso com a verdade que têm essas pessoas. E mais: neste momento, como eles
tiveram, no dia 31 de maio, em todo o Brasil, uma isenção do pagamento de
PIS/Pasep e Cofins, eles passaram a não pagar um tributo importante, na base de
3,65% sobre o investimento, e não diminuíram um centavo da tarifa de ônibus! A
redução que ocorreu em Porto Alegre, dia 4 de abril, passou a vigorar à
meia-noite do dia 5 de abril. Quase dois meses depois – é importante sempre ter
claro isso –, veio a isenção federal de PIS e Cofins, obviamente, para todo o
País; isenção federal. Aqui, em Porto Alegre, desde o dia 31 de maio, os
empresários de ônibus não pagam PIS e Cofins e não reduziram a tarifa.
Isso tem um nome no Código Civil, art. 884:
enriquecimento sem causa. Isso é um delito na Administração, é um crime na
Administração pública! Eles estão cometendo isso, diariamente, na cara de todo
mundo! Eles não pagam o imposto e não reduzem a tarifa! Mas para que serve a
isenção, se não for para reduzir a tarifa? Esse lucro ilícito, absolutamente
ilegítimo, ilegal, acintoso precisa terminar! É um escândalo o que ocorre em
Porto Alegre neste momento. Isentos de tributos, os empresários não pagam e não
diminuem da tarifa. Não é apenas em Porto Alegre, mas aqui, em Porto Alegre,
Cidade pioneira dessa luta no País, precisa ser de outra maneira.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Dr. Thiago reassume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h44min): Havendo quórum,
passamos à
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 120/13 – (Proc. nº 1935/13 – Ver. Nereu D'Avila) – requer seja o
período de Comunicações do dia 26 de agosto destinado a assinalar o transcurso
dos 43 anos de fundação da Rede Pampa de Comunicação.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 120/13, de autoria do
Ver. Nereu D’Avila. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 130/13 – (Proc. nº 2114/13 – Ver. Paulinho Motorista) – requer seja o período de Comunicações do dia 1º de
agosto destinado a assinalar o transcurso do Dia do Motorista.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 130/13, de autoria do
Ver. Paulinho Motorista. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 127/13 – (Proc. nº 2090/13 – Verª Sofia Cavedon) – requer Moção de Apoio ao plebiscito para reforma política proposto pela Presidenta Dilma Rousseff.
Observação:
- encaminharam a matéria
os Vereadores F. Melchionna, S. Cavedon, V. Nagelstein, C. Janta, R. Pujol, A.
Brasinha, P. Garcia, A. Kopittke e B. Vendruscolo, em 08-07-13.
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 127/13, de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon.
(Pausa.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a V. Exa. que possa
avaliar, junto aos Líderes e à Diretoria Legislativa, se é possível o ajuste de
redação, uma vez que o entendimento desta Câmara, no debate que fizemos, é de
que a expressão “proposto pela Presidenta Dilma” restringe às perguntas que ela
encaminhou ao Congresso. Então, a minha proposição, como autora, é a retirada
da expressão “proposto pela Presidenta Dilma Rousseff”, porque não queremos nos
posicionar sobre as perguntas, mas sobre a realização do plebiscito, e também
não está definido em que tempo. Eu pergunto se há acordo para esta mudança de
redação.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento em tela, da Ver.ª Sofia
Cavedon, que solicita retirar a expressão “proposto pela Presidenta Dilma
Rousseff”. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 127/13, pela oposição.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, com a concordância dos Partidos de oposição, venho aqui
pedir o apoio de todos os colegas Vereadores, porque uma Moção de Apoio à
realização de um plebiscito com um objeto: o de que possamos discutir a Reforma
Política; essa é a essência do debate, essa é a discussão, que acredito que
esta Câmara de Vereadores, este Parlamento, tem uma posição pela Reforma
Política. E o plebiscito é uma forma de diálogo que temos com a sociedade. É
uma forma de fazer, mesmo sendo bastante direta, bastante objetiva, mas é uma
forma de consultar a sociedade sobre um conjunto de pontos. E aqui eu não vou
entrar no mérito dos pontos, mas, por exemplo: financiamento público ou
financiamento privado de campanha – poderá ser uma pergunta. É essa a
discussão. Quando nós defendemos, aqui, uma moção para a realização, primeiro,
da Reforma Política; segundo, que se consulte a sociedade, é a essência, é o mínimo
que nós podemos propor aqui neste momento. Eu tenho as minhas opiniões
pessoais, eu sou defensor de uma constituinte exclusiva para realizar as
reformas de que este País necessita, mas, neste caso, o limite da discussão
aqui na Câmara, neste momento, para que nós possamos avançar no tema de reforma
política, para que possamos consultar a sociedade sobre um conjunto de temas,
Ver. Clàudio Janta, prezado Ver. Idenir Cecchim, aqui as perguntas não estão
colocadas antecipadamente. É óbvio que temos que construir as perguntas, tem
que haver um consenso em relação a elas, temos que elaborá-las, porque aqui
entram a Reforma Política, o sistema eleitoral, a questão das coligações, a
questão do financiamento público ou privado de campanha, a questão do voto – se
ele é distrital, se ele é misto, se ele é distrital misto, a questão de listas
ou voto em aberto –, todas essas discussões nós precisamos fazer com a
sociedade brasileira. Até porque hoje todos nós que observamos com uma postura
criteriosa, Ver. Airto Ferronato, e com uma análise crítica constatamos que o
Congresso está longe das discussões que a população exige, está longe do
diálogo permanente, e isso precisa ser reestruturado. Quem de nós acredita que
quem está no Congresso vai fazer uma reforma para abrir mão de um conjunto de
privilégios que há? Isso que está em discussão. Portanto, envolver a sociedade
numa reforma política é uma medida inteligente, uma medida no sentido de ouvir,
de avançarmos nessa proposição.
Concluo, dizendo que a Moção apresentada pela Ver.ª
Sofia Cavedon, que é uma Moção quanto ao plebiscito, para a Reforma Política, e
que defende, nesse contexto, que haja o plebiscito, que agora está resumido, lá
no Congresso Nacional, à Bancada do PT, do PCdoB e do PDT, que estão
constituindo um decreto parlamentar para propor essa reforma, já que os demais
Partidos têm dúvidas ou estão retrocedendo neste momento, esta Câmara,
independente da opinião de cada um... Aqui é uma questão de diretriz. O
princípio de que precisamos avançar é inevitável, e o seguinte: há uma
discussão muito séria que temos de fazer, e, quando se quer, se faz, é isto que
está em discussão, e nós queremos, sim, fazer a Reforma Política. Estamos
convidando todos os colegas aqui para dizer o mesmo: queremos fazer a Reforma Política,
e o plebiscito é uma ótima ferramenta também para consultar a sociedade. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Paulo Brum, o Requerimento nº 127/13. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 14 votos SIM, 06 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
A SRA. SÉFORA
MOTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que o PLL nº 037/13, de
minha autoria, seja retirado da priorização.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, como justificativa de voto na Moção anterior, gostaria
de registrar meu voto contrário, segundo a orientação do meu Partido, PMDB,
favorável a ouvir a sociedade brasileira na forma de referendo e não na forma
de plebiscito. Muito obrigado.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 128/13 – (Proc. nº 2110/13 – Ver. Clàudio Janta) – requer Moção de Solidariedade com os moradores e lojistas da capital,
especialmente os do bairro Cidade Baixa, pelos atos de vandalismo ocorridos na
manifestação popular do dia 27 de junho.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 128/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta. (Pausa.)
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 128/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu já tinha me
manifestado sobre o tema plebiscito, eu sei que era bastante controverso, vimos
pelas decisões, ontem, do Congresso. Lamento profundamente, porque acho que a
população brasileira tem que ser empoderada institucionalmente na sua voz, para
indicar a esse Congresso, que por muito tempo postergou qualquer reforma, e
sabe-se lá se o fará. Fico contente que a nossa Câmara, mesmo com a votação
parcial, tenha indicado que quer formalizar a pergunta para que o povo tenha
sua resposta empoderada, sobre o tema do contrato social. E é desse mesmo tema
que se trata agora, Ver. Janta, de distinguir claramente o que é a mobilização
da cidadania, que aconteceu nesse memorável mês de junho e que tenho certeza
não terminou, mudará a sua forma, criou outro patamar de consciência política
no País, outro nível de envolvimento no debate político da juventude, de todas
as gerações na verdade, através das redes sociais, mas pela pauta colocada para
a grande mídia, a partir da presença nas ruas, da presença nos parlamentos, da
manifestação por diferentes formas dos movimentos sociais, inclusive da
maravilhosa e belíssima caminhada na Av. Tronco, na semana passada,
diferenciada das demais porque ocorre na periferia da Cidade. Quando o Ver.
Janta propõe solidariedade aos moradores da Cidade Baixa... Nós vamos votar
juntos, mas com clareza da distinção de que esses movimentos foram muito mais
generosos, solidários e corajosos do que qualquer ato de vandalismo que ocorreu
de fato por aproveitadores, por situações de agressão e de grupos que,
infelizmente, estão em outro lugar e que aproveitaram este momento maravilhoso.
Nós vimos, sim, o pavor e a indignação de comerciantes da Cidade Baixa, a sua
própria auto-organização para se defender, mas também vimos o grande esforço da
Brigada para distinguir o que era movimento social legítimo, que deve mudar o
País, que tem que ser ouvido, que não pode ser considerado um episódio, dos
atos de vandalismo, de assalto, de violência e de roubo. A nossa votação faz
essa distinção, Ver. Janta, nítida, não passa a mão por cima, em nenhum
momento, de abusos, Ver.ª Fernanda, que a Brigada tenha feito. Os nossos
Vereadores, na Comissão de Direitos Humanos, estão ouvindo; o nosso Governo de
Estado abriu um canal de escuta. Nós queremos investigação e queremos ensinar
que as forças de segurança deste País têm que abandonar de vez o regime
militar, o autoritarismo, a opressão e a violência como método de apoio ao povo
brasileiro, para que o seu contrato social se realize. Nós temos certeza que
esta Instituição, vivendo os tempos democráticos, convivendo com a cidadania,
vai evoluir porque a juventude deste Brasil fez todos nós evoluirmos, fez-nos
acreditar que é possível mudar. Havia uma acomodação ao status quo, havia uma banalização da indignação popular, havia uma
banalização inclusive por grande parte da representação política. Essa sacudida
vai sacudir não só a nós todos, que temos responsabilidade com as mudanças
estruturais, com as mudanças políticas, com o empoderamento da voz da
cidadania, e que não seja de forma anárquica, porque pode ser de forma
institucional, periódica e organizada, pela qual o povo fale diretamente, fale
em plebiscito, fale em assembleias, fale em consultas, fale em votações do
Orçamento, fale de muitas maneiras e seja ouvido, respeitado e transforme a
política pública.
A Cidade Baixa, em muitos momentos, assistiu a
belíssimas manifestações, viu o rosto dessa juventude, viu o rosto da
cidadania, que incorporou pautas de toda a população brasileira, que não
merece, é verdade, prejuízos e depredações. Então, nós votamos pela Moção,
fazendo essa distinção, para exatamente empoderar a cidadania que marcha e que
muda o Brasil.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 128/13.
O SR. NEREU
D’AVILA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores
que nos assistem nesta tarde nesta Câmara, eu gostaria de aproveitar para
saudar a Sra. Tânia Sporleder de Souza, Presidente da Fundação de Apoio ao
Egresso do Sistema Penitenciário – FAESP. Há mais de dez anos, ela preside a
Fundação que consegue recolocar pessoas egressas do sistema penitenciário;
portanto, a Tânia Sporleder de Souza faz um trabalho magnífico nesta Cidade.
Em nome da Bancada do PDT, relevando o seu autor,
Ver. Clàudio Janta, nós queremos evidentemente encaminhar favoravelmente, e com
a anuência do autor, quero dizer que hoje esta Moção de Solidariedade,
especialmente à Cidade Baixa – tenho certeza de que o autor vai referendar isto
–, é uma Moção de Solidariedade a todos aqueles que sofreram vandalismos nesta
Cidade ou em outras cidades. Nós somos contra vandalismo não é porque é em
Porto Alegre, nós somos contra se for em São Paulo, no Rio, onde quer que seja,
até porque, graças a Deus, a população do Brasil soube, num gesto de
sensibilidade e de acuidade política, diferenciar aqueles que quiseram
aproveitar-se de um movimento que já mudou a história do Brasil, exigindo novos
posicionamentos de toda a classe política e de todas as outras classes, porque
não é só a classe política que mete a mão no dinheiro público também.
Então, o Brasil mudou no sentido de que o povo foi
às ruas contra a corrupção, contra os excessos, contra os aviões que são
utilizados com o dinheiro público, enfim, contra tudo – sabemos de cor – o que
o povo pensa. E, evidentemente, que o autor, hoje, se fosse apresentar,
ampliaria a solidariedade não só à Cidade Baixa, mas a todos aqueles que
sofreram algum tipo de violência, como os nossos comerciantes, os nossos
trabalhadores, como aconteceu agora no Mercado Público. Os trabalhadores que
sofrem, que trabalham, que fazem investimentos e, de repente, por um caso
fortuito, como o do Mercado Público, ou por um caso de bandidagem de
malfeitores, como em outros casos, são exatamente os que acabam arcando com o
prejuízo.
Então, em boa hora, o Ver. Clàudio Janta apresenta
esta Moção, porque ela, na sua singeleza, representa que esta Câmara não se
omitiu, não esqueceu, primeiro, de estar junto com a população violentada,
principalmente os trabalhadores, pequenos comerciantes e tantos outros, como os
da Cidade Baixa, que é uma espécie de recepção aos turistas, é um bairro
alegre, de boemia, de gente que tem na noite uma das suas alegrias maiores.
Então, creio que a Moção em breve será aprovada; já
não será a voz do Ver. Janta, mas a voz da Câmara Municipal, representante
legítima da cidade de Porto Alegre, que estará se posicionando. E não é apenas
uma solidariedade teórica, representa todo o nosso repúdio em que, se
misturando com os estudantes, com os trabalhadores, com aqueles que resolveram
dar um basta ao que está acontecendo no País, exigindo novas posturas
políticas, dos seus políticos todos, de Vereador a Presidente da República.
Evidentemente, o Ver. Janta vai, então, fazer com que a Câmara Municipal dê um
largo abraço, primeiro, nos que foram às ruas para mudar a história do Brasil
para uma nova postura e, segundo, para que esses gestos de bandidagem sejam
reprimidos de acordo com a Lei, porque a população sabe distinguir onde está o
bem e onde está a bandidagem. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 128/13, como autor.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, o que me levou a
solicitar esta Moção de Solidariedade é porque acho que estamos em débito com
os moradores e comerciantes da Cidade Baixa, das imediações da Cidade Baixa, da
nossa querida cidade de Porto Alegre. O que se viu nesse período, não foi o que
se viu nas demais ruas de Porto Alegre: atos legítimos de manifestações – e nós
participamos, vários de nós estivemos presentes em manifestações que pedem
aquilo que o povo está pedindo nas ruas: saúde, educação, transporte digno. E,
amanhã, novamente, iremos às ruas de Porto Alegre, e de várias cidades do
Estado e do Brasil, com essas reivindicações e outras mais, como o fim do fator
previdenciário, os royalties da
Petrobras, a estatização, de fato, da Petrobras, e muito mais coisas.
Agora,
nós não podemos ver os pequenos comerciantes – e a Cidade Baixa é feita de
pequenos comerciantes, de pessoas que trabalham de noite e de dia para levar o
sustento para as suas famílias –, não podemos ver o patrimônio dessas pessoas
destruído, a casa destruída, e a segurança dessas pessoas ameaçada. Não podemos
ver o que vimos: uma Cidade Baixa transformada num território de guerra, e essas
pessoas tentando proteger o pouco que elas têm, se armando e se preparando para
enfrentar esses vândalos. Quem vai para a rua reivindicar não vai armado;
quem vai reivindicar, quem vai protestar, quem vai atrás dos seus direitos não
vai com o rosto coberto por uma bandana, com o rosto coberto por uma touca ou
um lenço. E isso é desde o tempo do império chinês, porque
quem fazia isso eram os bandidos! E aqui está o Delegado Cleiton que sabe muito
bem. As pessoas de bem não tapam os seus rostos. Vários de nós, aqui – Ver.ª
Jussara Cony, uma precursora disso; Ver.ª Sofia, Ver. Comassetto, Ver. Mauro
Pinheiro, Ver. Pedro Ruas, Ver. Airto Ferronato, Ver. Delegado Cleiton, Ver.
Cassio –, fomos muito às ruas, no tempo da União Metropolitana de Estudantes, e
nunca cobrimos os nossos rostos; pelo contrário, sempre nos identificamos,
sempre soubemos o que queríamos, assim como os jovens e os estudantes foram às
ruas buscar o que queriam: transporte digno, educação de qualidade, acesso à
saúde, política limpa e clara. Da mesma forma, amanhã, trabalhadores e
estudantes irão às ruas.
Então, apresentamos
esta Moção e pedimos, encarecidamente, que todos os Vereadores desta Casa
apoiem essa Moção de Solidariedade da Casa do Povo aos comerciantes e aos
moradores do bairro Cidade Baixa da nossa cidade de Porto Alegre, que recebe
todos nós, inclusive os turistas, com muito carinho e com muito afeto. Onde
quer que a gente vá, as pessoas falam da recepção da Cidade Baixa de Porto
Alegre com as suas casas noturnas, com os seus restaurantes, com o seu povo,
com a sua cultura. Então, esta Casa merece prestar solidariedade a esse bairro
de Porto Alegre. Com força e fé, vamos seguir lutando pelos trabalhadores e
pela nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para encaminhar a votação do Requerimento nº 128/13.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Vereadores, Vereadoras e, sobretudo, movimento
social e todos os que nos acompanham, eu quero começar dizendo que,
evidentemente, nós somos solidários aos moradores do bairro Cidade Baixa. Mas o
que nós não podemos aceitar, como eu falava com os nossos amigos, é a tentativa
recorrente e corriqueira da imprensa tradicional, desde o início desse processo
de mobilização, dos Governos e de boa parte dos Parlamentos, de criminalizarem
o movimento social. Nós assistimos, dia 14 de junho, no ato nacional, na cidade
de São Paulo, uma verdadeira barbárie provocada pela Polícia Militar daquela
cidade. E as notícias na imprensa tratavam de condenar as ações dos jovens e
não mostravam o que as redes sociais mostraram: gente que tem a possibilidade
de ficar cega porque tomou bala de borracha no olho; gás lacrimogêneo, bala de
borracha em cima de todo o mundo, cassetetes... E isso as redes sociais
mostraram, e é por isso que as mobilizações também cresceram, e é por isso que
passam a desacreditar nos grandes veículos de comunicação que tentaram, desde o
início, criminalizar o movimento. E foi igual em Porto Alegre! Nas primeiras
manifestações, muito antes de ter o aumento da passagem, a imprensa tradicional
– porque os veículos independentes noticiaram – sequer noticiou a mobilização
da juventude, sequer noticiou as grandes mobilizações que ocorreram. E depois
tentaram criminalizar todo o movimento. Depois, trataram de chamar os jovens,
que saíam para a rua, de baderneiros! E depois que conseguimos, com a força das
ruas, barrar a passagem em Porto Alegre, o efeito-exemplo esperou os jovens de
São Paulo. E a imprensa tratou de mentir de novo. O Arnaldo Jabor foi para a
televisão dizer que não valiam R$ 0,20! Pois valem, por 200 milhões de
brasileiros! E depois tentaram se desculpar para tentar controlar o movimento
de massas, porque as elites têm medo do povo organizado, porque os grandes
veículos de comunicação têm medo do povo organizado, porque os Partidos do
regime têm medo do povo organizado. Tentaram criminalizar, mas não conseguiram
criminalizar porque as redes sociais furaram os bloqueios, porque mostraram a
verdade do que aconteceu na manifestação em São Paulo, em Porto Alegre.
E eu queria falar da cidade de Porto Alegre, porque
eu estava em muitas manifestações, e estive em 27 de junho, por exemplo, em que
quase 20 mil pessoas estiveram nas ruas de nossa Cidade, em que as pessoas
desciam das sacadas para aplaudir o movimento da juventude, apoiada pelos
trabalhadores, e nada aconteceu até que o movimento tentasse entrar na Av.
Ipiranga; parece que na Av. Ipiranga não se pode entrar porque lá estava o gás
lacrimogêneo para tentar dispersar, para tentar que os jovens não seguissem com
a mobilização. Todos receberam gás lacrimogêneo na cara, e as pessoas usam
bandana porque dói receber gás lacrimogêneo no olho, porque arde nas vias
respiratórias. Porque é tão forte, mas tão forte que, infelizmente, em Ribeirão
Preto, uma trabalhadora da limpeza, uma gari, faleceu, depois de tanto gás
lacrimogêneo que despenderam para o movimento social. Ou não sabem que é por
isso que se protege, também, o rosto? Então, eu queria trazer esses relatos,
porque, nós, na Comissão de Direitos Humanos, recebemos muitas denúncias – 17,
20 de junho de novo, para que a mobilização não chegasse ao Palácio Piratini,
todas as vias de acesso ao Palácio Piratini foram fechadas, e, quando o
movimento tentou se aproximar, lá foram bombas de gás lacrimogêneo para cima do
movimento social. Enquanto isso, a imprensa já falava que havia setores na
Cidade Baixa e que a Polícia estava reprimindo a mobilização. Gás lacrimogêneo
em cima de todo mundo, fazendo como o Governo Yeda fez, mas o Governo Yeda não
proibia a entrada na Praça da Matriz, espaço onde estão vários Poderes. E eles
fecharam para que o movimento não chegasse ao Palácio Piratini, e jogaram gás
lacrimogêneo em todo mundo. Não aceitamos, também, a criminalização dos
movimentos sociais e a criminalização da pobreza.
Mas eu queria trazer um relato para vocês, porque é
um debate muito importante. Eu não vejo discutirem o vandalismo dos empresários
que, todos os dias, roubam dinheiro da nossa população. Ladrões! Por que não
isentaram o PIS e a Cofins; estão ganhando dinheiro da nossa população. Não
ouço discutir o vandalismo dos governos que dão dinheiro para as empreiteiras,
enquanto tem gente que morre na fila do SUS. Eu não ouço a discussão do
vandalismo dessas práticas da Polícia, e é preciso que avance o debate da
desmilitarização.
Quero concluir, trazendo os relatos de jovens
presos arbitrariamente, alguns jovens que sequer estavam na mobilização e foram
parar no Presídio Central, jovens ajoelhados, torturados, algemados, violados
em seus direitos humanos. Nós queremos trazer esse debate para a Câmara, porque
não vamos silenciar diante da tentativa de violar direitos, de criminalizar os
movimentos sociais e, sobretudo, de atacar os jovens que lutam e sonham. Quero
concluir, dizendo que esses relatos vão gerar um relatório. E são vários
relatos, não poderia contar aqui tudo o que nós ouvimos na Comissão de Direito
Humanos, a não ser que os relatos foram chocantes, as coisas que os jovens
disseram, que foram presos e encaminhados ao Presídio Central. Mas nós estamos
procurando as entidades de Direitos Humanos para trazer
isso a público, porque é fundamental que não só nós lutemos pelos direitos
dessas pessoas, mas que nós não silenciemos para essa pratica recorrente no
Brasil de criminalizar movimento social e de criminalizar a pobreza.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
128/13.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver.
Dr. Thiago; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que estão
nas galerias, eu quero dizer, Ver. Clàudio Janta, que acho muito boa a sua
moção porque, realmente, o comércio, o cidadão da Cidade Baixa também passou trabalho,
foi muito difícil. E sabemos que as pessoas que fazem suas manifestações são
pessoas sérias. Mas há aquelas pessoas que se infiltram e que não têm nada a
ver com os cidadãos que estão reivindicando, fazendo sua manifestação sincera,
sem baderna, sem quebra-quebra, e aí vêm os que se infiltram no meio e quebram
tudo. Então, quero dizer, Ver.ª Lourdes Sprenger, que isso é muito importante
para a cidade de Porto Alegre, para o cidadão que mora em Porto Alegre, para o
Rio Grande e para o Brasil. E, em nome do PTB, do meu Líder, Ver. Cassio
Trogildo; Ver. Paulo Brum, nosso amigo, tradicional defensor das causas
públicas, e também do Ver. Elizandro Sabino, que apoiamos essa moção do Ver.
Clàudio Janta. É importante para a Cidade, e sabemos que aquele pequeno
comércio passou trabalho na Cidade Baixa, na Av. João Pessoa.
Ver. Valter
Nagelstein, o senhor que foi Secretário da SMIC, que fez um belo trabalho, nas
feiras também, e que serve de referência nesta Cidade, o comercio também passou
trabalho. Mas eu tenho certeza também de que aquele cidadão que estava
cobrando, pedindo mais Saúde, mais Segurança, mais Educação, jamais quebraria
um vidro sequer. Então eu acho muito importante, Ver. Janta, voto com o senhor,
com certeza, não voto duas vezes porque não dá, senão votaria favorável.
Parabéns, Ver. Janta, quem ganha é a Cidade e o povo de Porto Alegre. Obrigado,
senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Bernardino
Vendruscolo reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 128/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0824/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 009/13, que estabelece as atribuições do Cargo em
Comissão de Diretor-Geral Adjunto, do Departamento Municipal de Água e Esgotos
(DMAE), criado pela Lei nº 11.398, de 27 de dezembro de 2012.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 10-06-13.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o PLE nº 009/13. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a
palavra para discutir o PLE nº 009/13.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino Vendruscolo, colegas Vereadores e Vereadoras, prezados visitantes,
senhoras e senhores, esse projeto do Executivo que estabelece atribuições do
Cargo em Comissão do Diretor-Geral Adjunto do Departamento Municipal de Água e
Esgoto, criado pela Lei nº 11.398, de 27 de dezembro de 2012, serve para que
nós possamos fazer um debate e cobrar do Executivo Municipal algumas posturas e
transparências. Primeiro, eu quero registrar que a nossa Bancada votou
contrária a esse projeto que criou um conjunto de CCs no final do ano passado,
mais precisamente no dia 27 de dezembro de 2012. Por quê? Porque hoje há mais
de mil CCs na Prefeitura Municipal, e que já aumentou em 100% desde o dia 31 de
dezembro de 2004, quando a atual gestão assumiu. Mas o que nós precisamos
cobrar aqui, Sr. Presidente? Que seja aplicada a Lei da Ficha Limpa, porque não
dá para demitir um CC de uma secretaria e colocá-lo em outra. O
Diretor-Presidente da Carris foi demitido, foi condenado a devolver mais de R$
200 mil e é Secretário Adjunto em outra secretaria! Nós precisamos que o
Governo e a base do Governo venham aqui dizer por que isso está acontecendo.
A sociedade exige
transparência, exige que toda política pública seja transparente e não dá para
fazer acomodações. Há poucos dias, veio a esta Casa, veio à sociedade, a
discussão na Procempa. Bom, aí anunciaram que a direção da Procempa foi
substituída. Onde está hoje o assessor da Procempa, o Diretor da Procempa e a
sua equipe? Assessorando o Vice-Prefeito! E sobre o Conduto Álvaro Chaves, que
até hoje não veio explicação para esta Casa? A nossa Bancada, em 2007, pediu um
conjunto de informações, foi mudado o projeto, aumentou em R$ 17 milhões, e o
Diretor, que era do DEP, na época, por todas essas questões, não é mais Diretor
do DEP, mas está lá na Defesa Civil. Então, essa transparência tem que vir. O
Parlamento é obrigado a cobrar isso do Executivo Municipal, e os Vereadores da
base do Governo têm que prestar essas informações à sociedade.
Essa é uma discussão
política, Ver. Ferronato, é uma discussão de conteúdo, é uma discussão de
representação. Aqui, a esfera do Legislativo Municipal é de fiscalizar e
fiscalizar bem o Executivo. Então, sobre este projeto, a nossa Bancada do
Partido dos Trabalhadores já assumiu uma posição política pública e não votará
mais a favor de nenhum projeto que trate sobre CCs. Mesmo um projeto como este,
que vem requalificar os CCs, porque o Governo ficou de fazer uma reforma,
prestar contas para a sociedade e está em dívida. E mais do que isso, está em
dívida com a atual legislação, inclusive com a legislação da ficha limpa. Um
grande abraço, muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 009/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente,
senhores e senhoras, a Prefeitura de Porto Alegre está atribuindo funções a um
Diretor-Geral Adjunto. E acho que aqui nós temos um papel didático a cumprir,
porque memória é muito importante para podermos avaliar as políticas públicas.
No final do ano passado, nós tivemos, aqui, uma disputa muito forte, um debate
que inclusive gerou um tema para o Programa Conversas Cruzadas, enfim, um tema
que não era menor, em que a Prefeitura de Porto Alegre criava mais de uma centena
de cargos comissionados. E uma parte dos cargos – uns 40 cargos – era como esse
que agora, seis meses depois, recebe atribuições de Secretários Adjuntos. E
Secretários Adjuntos que todos nós – hoje, olhando a nomenclatura dos
Secretários – já dizíamos, mas está comprovada, a acomodação política de mais
uma dezena de Partidos que fazem parte da base do Governo. Infelizmente, a
acomodação política que não considera os reclames da sociedade, porque vários
servidores, cidadãos, investidos nesses cargos de CC já estão respondendo por
problemas sérios.
O Ver. Engº
Comassetto lembrou do Adjunto da SMOV, eu quero lembrar que ele foi Diretor da
Carris e a Carris vive uma crise profunda! Vinte e Dois milhões de reais em dívidas e dois
prédios inacabados, que estão indo à bancarrota, porque prédios que, por quatro
ou cinco anos, não têm obras, não precisa ser engenheiro para saber que têm
prejuízos importantes. Um deles é a creche para os funcionários da Carris.
Ficaram inacabados porque – pasmem – o diretor contratava o mestre de obras:
“Tu sobes as fundações”. Depois, retirava dinheiro, botava para lá, botava para
cá, sem nenhum trato respeitando a Lei nº 8.666, por exemplo – dizem os
administradores atuais que fizeram uma sindicância. O Tribunal de Contas está
avaliando a situação gravíssima da Companhia Carris Porto-Alegrense, que deixou
de ser referência inclusive para o Governo Municipal poder avaliar as linhas
concedidas. Por isso o tamanho – esse é um dos elementos – do descontrole do
preço da tarifa e da qualidade do ônibus em Porto Alegre; tarifa que já foi,
uma década atrás, a 14ª mais cara! Hoje, é a primeira ou a segunda mais cara, e
qualidade – ou falta de qualidade – que recebe 20 mil reclamações em um ano,
algo muito diverso do que se tinha uns 10 anos atrás. Então, perdemos o
controle da Carris por incompetência de gestão, e o Diretor é Secretário
Adjunto, Ver.ª Fernanda Melchionna. E aqui nós estamos definindo o Secretário
Adjunto do DMAE, que eu nem vou julgar aqui. Mas, mais do que isso, a Prefeitura
se deu ao luxo de gastar mais de R$ 10 milhões, criando CCs no final do ano,
para, um mês depois, aparecer que a Prefeitura de Porto Alegre...
(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Nós temos documentos, Ver. Alceu Brasinha, que foram apresentados a esta
Casa, e debate público. E depois a Prefeitura fechou com um déficit de quase R$
60 milhões, no ano passado, para os funcionários municipais serem massacrados
no seu movimento sindical, para funcionários Padrão 2 ganharem menos que um
salário mínimo. Esta é a lógica da Prefeitura de Porto Alegre: gastar com CC,
com apadrinhamento político, com problemas seriíssimos nas obras, fazendo
faltar recursos para questões básicas, como manter o Mercado Público bem, com
PPCI, com programa de prevenção, com banheiros adequados, com limpeza, com boas
acomodações para os nossos comerciantes. Então, nós não temos como apoiar,
mesmo que seja só uma definição de funções. Não apoiamos, votamos contra a
criação de todos esses CCs, na época. Votamos, sempre, contra o abuso da
criação de cargos comissionados, e achamos que é preciso que a Prefeitura
entenda a fala das ruas e passe a limpo o seu modelo de gestão, que não está
bem. Foi um semestre terrível para cidade de Porto Alegre e é consequência das
opções de gestão, sim!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Apregoo o Memorando nº 051/13, de autoria do Ver.
Dr. Thiago, com o seguinte teor (Lê.): “Informo que no próximo dia 15 de julho,
segunda-feira, estarei representando esta Casa Legislativa, como palestrante,
no evento Planejamento Familiar e Drogadição (convite anexo), na cidade de
Santana do Livramento/RS, utilizando para o deslocamento o meu veículo
particular”.
O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para discutir o PLE nº 009/13.
O SR.
AIRTO FERRONATO: Caro Presidente; senhoras e senhores; Srs. Vereadores; nossos
telespectadores e ouvintes, quero fazer uma saudação a todos que estão conosco
nesta tarde. Em primeiro lugar, quero registrar a importância de nós,
Vereadores de Porto Alegre, contarmos, hoje, com a presença do Ver. Dinho, que
estreia aqui na Câmara. Esperamos que seja profícua a sua estreia e que volte
por diversos momentos à Câmara conosco.
Em segundo lugar, quero dizer que a estimada amiga,
Ver.ª Sofia Cavedon, apresentou aqui uma série de críticas, esparramou críticas
por tudo que é lado, só que nós estamos aqui tratando de um Projeto de Lei. E a
Vereadora sabe que foi completamente destoada e fora de momento a sua
manifestação. Aqui nós temos que falar no Projeto, Vereadora.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR.
AIRTO FERRONATO: Vossa Excelência sabe disso. Se nós estamos aqui para falar do Projeto,
eu quero falar sobre o que se disse aqui, dos nossos dois ex-comandantes que
pediram exoneração, e sei que o Ver. Mario Manfro falará sobre isso. São dois
servidores que estavam no comando, pediram exoneração – o André é funcionário
da Fazenda, está cedido à Prefeitura com um custo quase zero. Então, nós não
responderemos neste momento; vamos falar do Projeto. Sei que a
Bancada do PT, a partir de agora, vai votar favoravelmente. O que acontece? Lá
no DMAE, nós tínhamos uma série de diretores, numa salada de níveis de cargos:
uns eram CC7, outros CC8, outros CC5, todos eles na mesma função de diretores
do DMAE. E o que a Prefeitura fez? Criou o CC de Diretor-Geral, o CC de
Diretor-Adjunto e uma serie de outros CCs, três ou quatro CCs de Diretores,
todos no mesmo nível, Ver. Paulo Brum. O que estamos fazendo hoje? Criamos a função
de Diretor-Adjunto. Hoje, estamos definindo as atribuições do Diretor-Adjunto.
Eu não posso acreditar que a oposição, simplesmente e apenas por oposição, vá
votar contrariamente a um Projeto desses! Nós estamos, repito, votando o que o
Prefeito nos mandou, quais as atribuições do Diretor-Adjunto do DMAE, Ver.
Mario Manfro. Nenhuma polêmica! Sei que a base, por unanimidade, votará
favoravelmente; apelo à oposição que mude de posição, porque o Projeto apenas
define as atribuições. E quero registrar que as manifestações outras, de
críticas – no momento oportuno vamos nos manifestar, até porque as críticas são
sempre bem-vindas. Existem muitas críticas ao Governo Federal que nós, do PSB,
estamos juntos; ao Governo Estadual que nós, do PSB, estamos juntos; e ao
Governo Municipal em que também estamos. Portanto, as críticas da oposição são
normais e elas auxiliam no debate democrático aqui da Câmara. Um abraço e vamos
votar favoravelmente ao Projeto para o bem da cidade de Porto Alegre! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
discutir o PLE nº 009/13.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, muito
boa-tarde a todos que nos assistem, venho aqui, caro Líder do Governo, Airto Ferronato,
dizer que este Governo tem dois discursos, ou um discurso e duas práticas.
Quando é para votar um projeto do Governo, fazem o discurso de que a crítica é
bem-vinda, que todas as opiniões são bem-vindas; quando é para votar projeto da
oposição, não escutam ninguém, deslegitimam e negam tudo o que os Vereadores da
oposição vêm aqui propor! E esta Prefeitura, a mesma que fechou a porta na cara
dos jovens estudantes, nas primeiras manifestações aqui em Porto Alegre, vem
aqui falar que quer diálogo, mas nenhuma das propostas que temos feito tem sido
acolhida ou ouvida pelo Paço Municipal.
O que venho trazer
aqui é que, apesar de ser uma mera discussão das funções do Diretor-Adjunto, na
verdade, é mais uma oportunidade para se discutir o modelo de gestão que a
atual Administração tem, que é baseada em abrir espaços para aqueles que a
apoiam politicamente, um grande cabide de CCs para acomodar essa imensa base de
apoio entre os Partidos que o Prefeito Fortunati angariou. E é uma gestão que
não tem conseguido apresentar resultados, e quem está dizendo isso é a própria
Administração. Esta Administração, que aumentou seu gasto com CCs, praticamente
já comprometeu qualquer tipo de aumento para os servidores do Município; é a
mesma gestão que, pelo seu próprio sistema, indica que 75% das metas deste
semestre não foram alcançadas; 75% das metas aferidas do sistema de gestão da
própria Prefeitura – não é a oposição que está dando este dado, está no site da Prefeitura. E vejam que é um
Governo de continuidade, não é um Governo novo, é
um Governo do qual o atual Prefeito era o Vice antes e já vinha
administrando a Cidade. E essa mesma Administração, em mais um semestre, no seu
17º semestre de administração, Brasinha, tem 75% das suas metas negativas, não
cumpridas na Cidade. Eu espero que, ajustando as atribuições desse CC do DMAE,
ele venha a ajudar a Administração a corrigir esse conjunto de problemas que a
Administração vem passando e que a Cidade vem sofrendo.
(Aparte antirregimental do Ver. Engº Comassetto.)
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Sem falar no Socioambiental, como muito bem lembra o Ver. Comassetto,
que está com um “pequeno” atraso de oito anos, e ainda com várias modificações
acontecendo.
Então, é, sim, uma oportunidade para que a Cidade
saiba que ela está sofrendo um inchaço de CCs, caro Ver. Nedel. Isso que já foi
outrora, inclusive, motivo de crítica de muitos dos colegas que estão aqui. A
Prefeitura, hoje, já tem 49,5% da sua folha comprometida, e não é por causa de
aumento para servidor, é por causa do inchaço para acolher a base de apoio do
Governo.
Então, a Cidade sofre, e, além de serem CCs que
estão tomando conta do Orçamento da Prefeitura, são CCs que não têm cumprido as
metas estabelecidas pela própria Administração. Isso nos traz uma enorme
preocupação sobre qual o objetivo dessa Administração além de acomodar cargos
políticos por todos os lados, por todos os cantos da Cidade. As Subprefeituras,
por exemplo, que antes tinham apenas um cargo, agora já têm três cargos para
acomodar todos, cargos esses que foram objeto de uma longa briga ao longo deste
semestre.
Esperamos que esse Diretor-Adjunto do DMAE possa
ajudar a Prefeitura a finalmente encerrar o Socioambiental, que tem um atraso
de oito anos, e ajudar a Prefeitura a cumprir as suas metas, já que este
semestre foi praticamente perdido para a cidade de Porto Alegre, sem nenhum
tipo de diálogo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
discutir o PLE nº 009/13.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Boa-tarde, Sr. Presidente; boa-tarde, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras; esse é um projeto que apenas faz uma correção nas atribuições do
cargo de Diretor-Geral Adjunto do DMAE, mas, mesmo assim, ele tem trazido um
debate para esta Casa, que é um debate interessante porque, quando se fala da
Prefeitura, que a Prefeitura tem muitos CCs, que a Prefeitura tem isso, tem
aquilo, precisam os Vereadores do PT lembrar que o Governo Dilma tem 39
Ministérios e deve estar já com, mais ou menos, 50 mil CCs no País inteiro.
Quando se fala de execução orçamentária é muito bom que se lembre que, em 2005,
Porto Alegre já estava déficit primário em 2004, 2003 e 2002. E agora,
realmente, fez um déficit orçamentário no ano passado, um déficit primário. Mas
quem entregou a Prefeitura, depois de 16 anos, com três anos consecutivos de
déficit vir querer discutir como é que se faz superávit? Acho que tem que ser
vigilante, sim. Acho importante porque Porto Alegre vai corrigir esta situação
ao longo deste ano, com certeza. Mas aproveito também para dizer que tem coisas
boas que a Administração de Porto Alegre faz em conjunto com a Administração do
Governo do Estado, Ver. Engº Comassetto. Hoje, o Secretário de Obras do Estado,
juntamente com a Metroplan, anunciou para a região metropolitana, conjuntamente
com a Prefeitura de Alvorada, a Prefeitura de Viamão, com os vereadores de
Alvorada, com alguns vereadores de Viamão, e estive com o Ver. Alceu Brasinha
nessa reunião, anunciando a duplicação da Estrada Caminho do Meio. Porto Alegre
estava através dos Vereadores Cassio Trogildo e Alceu Brasinha, da Secretaria
Municipal de Urbanismo e da Secretaria Municipal de Obras e Viação. São 10,6km
desde a Manoel Elias até a RS 040, Senador Salgado Filho. Serão dois trechos
que já estão sendo encaminhados, um total de investimento de quase 40 milhões,
das boas iniciativas que se tem conjuntamente. É um Projeto que nasceu lá, Ver.
Alceu Brasinha, que esteve acompanhando; Ver. Paulo Brum, é um Projeto que
nasceu da iniciativa de alguns empresários de Viamão que não tinham o Projeto
por parte do Governo do Estado e elaboraram o Projeto lá em 2010. Agora esse
Projeto está sendo revisado e com certeza teremos esse grande encaminhamento
para que se possa realmente ter essa duplicação. Foi também anunciada a
inclusão, até hoje à tarde no sistema do Governo Federal, a possibilidade de
ampliação do corredor de ônibus da Av. Protásio Alves, que hoje termina na Av.
do Forte, para que ele seja esticado até a Av. Manoel Elias, que é onde se vai
ter o terminal do BRT. Então, essa é uma boa iniciativa do Governo do Estado,
através da Metroplan, da Secretaria de Obras do Estado, que tem a participação
da Prefeitura de Porto Alegre, da Prefeitura de Viamão, da Prefeitura de
Alvorada e das Câmaras de Vereadores, que, em relação a Porto Alegre, estivemos
o Ver. Brasinha e eu lá acompanhando. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir o PLE nº 009/13.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
Ver. Dinho, quero dizer que estou muito feliz em ver V. Exa. aqui também. Esse
projeto, Ver.ª Sofia, não representa, no aspecto financeiro, nada. Não muda
nada. Só muda o nome ali.
Quero dizer que, quando eu cheguei aqui, em 2005,
nesta Câmara, lembro que, quando o Prefeito José Fogaça assumiu, realmente o
Município de Porto Alegre não tinha crédito, não tinha nem talão de cheques,
Ver. Dinho. O Município de Porto Alegre estava literalmente quebrado, Ver.ª
Fernanda. Eu, juntamente com a Luciana Genro... e gosto muito dela, V. Exa.
sabe o quanto eu a admiro, o Pedro e você, pois vocês são pessoas que, quando
criticam, criticam com seriedade, então, eu também tenho uma admiração muito
grande por V. Exas. Naquela época, o Governo estava sucateado. Lembro que o
hoje Ver. Cassio Trogildo, na época foi acompanhar o então Ver. Cassiá Carpes –
hoje deputado –, que foi Secretário da SMOV, e, quando ele chegou, lá não tinha
nenhuma máquina sequer funcionando. Será que a Ver.ª Sofia não lembra dessa
situação? Será, Vereadora, que V. Exa. lembra? Sei que o Ver. Engº Comassetto
às vezes fala que tinha poucos CCs. E tinha mesmo! Tinha poucos CCs. Deixaram
quebrado o Governo do Município. E, para recuperar esse crédito, o Governo José
Fogaça teve que buscar a primeira parcela da 3ª Perimetral, que foi muito mal
elaborada, muito mal projetada, para conseguir terminar a 3ª Perimetral, teve
que pagar a primeira prestação, Ver. Nedel, o senhor lembra. E a gente tem que
ouvir a Ver.ª Sofia cobrando.
Eu sou um Vereador que reconhece as coisas boas que
o Governador Tarso Genro faz pelo Rio Grande, e venho nesta tribuna sempre
falar que, quando é bom, é bom para todos, mas a nossa oposição aqui, Ver.ª
Sofia, nunca reconhece, sempre é contra. Um projeto simples de votar, que não
vai mudar nada no aspecto financeiro, a senhora é contra. O que é bom para a cidade de Porto Alegre? Será que o Prefeito José Fortunati
deve nomear a Ver.ª Sofia como conselheira, daquelas conselheiras que dizem o
que pode e o que não pode fazer: faz isso aqui, faz aquilo ali.
Lembro como se fosse hoje da Ver.ª
Sofia fiscalizando a Cidade, andando por todos os lugares. Cheguei nesta
tribuna, lhe pedi um aparte e falei para ela que, para a gente fiscalizar,
primeiro temos que olhar para nós. O pátio desta Câmara estava com buracos
enormes, não consertavam, chamei a SMOV e pedi para consertar. Aí, disse para a
Vereadora que aqui no pátio estava cheio de “buraco participativo”.
Quero dizer que primeiro a gente tem
que ver o que é bom para a Cidade, o que é bom para as pessoas, o que é bom
para o cidadão que paga o seu imposto, que compra ali no mercado uma Coca-Cola,
uma Pepsi-Cola, está pagando imposto, por isso que o cidadão tem razão de
reivindicar, e tem que reivindicar cada vez mais. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLE nº 009/13.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Quero começar dizendo ao Ver. Brasinha que tenho a
convicção de que mais CCs não é bom para a Cidade, mais cabides de empregos e
criação de cargos que acabam onerando os cofres públicos e recursos que não são
investidos em outras áreas isso nunca é bom para a Cidade.
Ouvi aqui as críticas dos Vereadores do PTB aos
Ministérios do Governo Dilma. E nós concordamos que, de fato, ampliaram muito o
número de CCs em todas as esferas, inclusive no Estado. Os primeiros projetos
do Governo Tarso foram para criar mais CCs. Mas, ao que me consta, muitos são ocupados
pelo próprio PTB, que é da base do Governo Dilma no Congresso Nacional e parte
dos Ministérios do Governo Dilma. O PTB do Collor é parte da base aliada do
Governo Dilma e do Governo Tarso! E também tem Secretarias aqui no Estado.
Então, eu acho que a gente tem que ser coerente na crítica. E nós temos a
convicção de que os recursos de Porto Alegre estão absolutamente comprometidos
com a criação dos Cargos em Comissão. Tem Secretaria que é criada com fotos
carimbadas para acomodar os Partidos políticos que apoiam o Governo Fortunati.
Só no ano passado, logo depois da eleição, o Fortunati mandou um projeto para a
Câmara que impactava em mais de R$ 8 milhões os cofres públicos. Estava nos
projetos, bastava ler os projetos e somar quanto seria o impacto financeiro
daqueles 140 CCs que foram criados. São mais de R$ 8 milhões por ano, somados
com R$ 100 milhões por ano que eles já gastam para pagar os CCs. Para vocês
terem uma ideia, isso é mais do que o dobro do que gastam em moradia popular.
No ano passado, o Governo gastou R$ 42 milhões em moradia popular. Gastou mais
que o dobro em CCs. Enquanto isso, tem gente morando em área de risco, enquanto
isso tem 52 mil pessoas inscritas no Minha Casa, Minha Vida que não receberam
casa, enquanto isso tem 50 mil pessoas que não têm onde morar em Porto Alegre;
enquanto isso eles tiram os R$ 15 milhões da renúncia fiscal das passagens do
Orçamento Participativo, porque são crueis, vão botar comunidade contra
comunidade discutindo quais são os projetos prioritários, e os lucros dos
empresários estão garantidos! E a verba de publicidade está garantida! E a
verba para os CCs está garantida; este é o problema!
Quando nós discutimos aqui, segunda-feira passada,
a redução de ISSQN, tínhamos várias emendas. A primeira previa a consulta
pública e a publicação da planilha, a Emenda nº 02, antes da votação de
qualquer aumento, e vocês já sabem, a maior parte da base do Governo rejeitou.
Mas tinha uma Emenda que dizia que aquela renúncia fiscal deveria ser cortada
da verba de publicidade dos CCs, por quê? Porque,
quando há uma renúncia fiscal, é dinheiro que o Município não vai receber e,
portanto, tem que se equacionar de onde vão sair esses gastos. O que nós, da
Bancada do PSOL, propúnhamos? Que saia dos CCs, que saia da publicidade! Vários
Vereadores aprovavam: toda a oposição e, inclusive, alguns Vereadores da base
do Governo, mas eles rejeitaram. Dois dias depois, o Fortunati vai para a
imprensa dizer que esse dinheiro vai sair das obras do Orçamento Participativo.
Ora, o Orçamento Participativo está longe de ser democracia real. O Orçamento
Participativo discute só 6% do Orçamento; de um Orçamento de 5 bilhões, discute
6% desse Orçamento. E a perversidade do Governo é tanta que vai jogar para o
Orçamento Participativo, que discute só 6% do Orçamento, discutir quais obras
vão ser cortadas para garantir a renúncia fiscal dos empresários! Aí, Vereador,
isso vai colocar povo contra povo. O povo da Restinga que quer mais moradia
popular, que quer mais transporte, e, aliás, o transporte na Restinga é
caótico; o povo do Rubem Berta que quer melhor saúde; o povo da Santa Rosa que
está há cinco anos lutando por um médico! Um médico! E vão colocar as
comunidades dentro do Orçamento Participativo vendo o que, entre aspas, não é
prioridade. Enquanto isso, para este Governo, a prioridade continua sendo os
CCs. Eu sei que o Projeto discute atribuições, mas é um bom momento de discutir
110 milhões gastos por ano com cabide de empregos.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para discutir o PLE nº 009/13, por cedência do
Ver. Paulinho Motorista.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, estimada amiga Ver.ª Fernanda, o tema é as
atribuições dos CCs, e V. Exa. vem para cá falar da isenção do ISSQN, de novo,
e, aliás, embrulhados pelas emendas. Alguns poucos saíram a distribuir notas e
fotos no Face. Que bom! Nós estávamos discutindo a alteração de uma lei
tributária – eu já tinha dito, e V. Exa. vai concordar comigo. Em nenhum recanto
deste País, aprovar-se-iam aquelas emendas na lei tributária. Eu repito:
emendas apropriadas no lugar errado. É só apresentar aquelas emendas que
trataram do Comtu... Nós vamos aprovar a maioria delas noutra oportunidade. A
lei de Porto Alegre diz que, para cada assunto de lei, há uma lei específica.
Nós temos a lei que estabelece definições, responsabilidade e a composição do
Conselho Municipal de Transporte Urbano. Como aprovar no código tributário do
Município de Porto Alegre uma nova composição para o Conselho? Estava
equivocada aquela emenda dentro da alíquota do transporte em Porto Alegre.
Portanto, eu vou registrar aqui: aqueles jovens que saíram a distribuir as
nossas fotos nos ajudaram, porque são jovens equivocados, não sabem o que
fazem, que se atrapalharam com as emendas. Foram confundidos pelas emendas,
portanto têm o meu respeito, nada contra. Agora, as emendas terão outro momento
para serem discutidas, e sei que a oposição vai votar favorável ao Projeto de hoje,
porque ele trata apenas e tão somente das atribuições para o Diretor-Adjunto do
DMAE. Só isso. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
discutir o PLE nº 009/13.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver.
Dr. Thiago, demais Vereadoras, Vereadores, público das galerias, Líder do
Governo, Ver. Airto Ferronato, que sabe da admiração que tenho por V. Exa.,
mais agora, porque vejo a ginástica que V. Exa. tem que fazer para defender
este Governo, que não deve ser fácil, porque, se as pessoas estão aqui e as
pessoas, nesses últimos dias, Ver. Marcelo, lotaram as ruas da Cidade, do
Estado e do País, é porque querem modificações melhores e querem uma política
séria, honesta, com transparência.
E o que é este
Projeto, Ver. Airto Ferronato, pelo qual V. Exa. luta para defender? É a total
incompetência e falta de gestão no Município de Porto Alegre. O Projeto foi
votado no final de 2012, de criação de cargos, salários – bons salários – dos
adjuntos, do adjunto do DMAE. E, agora, vem este Projeto para regulamentar,
porque o Tribunal de Contas está apontando, porque foi criado cargo, foi
escolhida uma pessoa, o salário, Ver. Dinho, está sendo pago rigorosamente em
dia, um bom salário, mas atribuição ele não tem, é só o cargo, só a função, só
o salário, não precisa nem atribuição! E, agora, por apontamento do Município –
do Município pelo Tribunal de Contas –, a Prefeitura, então, está criando as
atribuições para o adjunto. Então é isso, é a dificuldade, são as atribuições
que o adjunto não tem, não está especificado o que ele tem que fazer;
preocuparam-se só com o salário, Ver. Mario Manfro. E esta é a gestão do nosso
Município de Porto Alegre.
Por isso que o povo
vai às ruas, Ver.ª Sofia – e com razão –, não dá mais para brincar, é a mesma
situação da Procempa, de que agora caiu o Presidente, e a informação que nós
temos é que ele está na Prefeitura, no Paço Municipal, o ex-Presidente André
Imar. Caiu por quê? Saiu da Procempa por quê? Por que era bom gestor? Nós temos
vários indícios de corrupção! Eu vou falar desta tribuna sobre um indício, Ver.
Airto Ferronato, de que o Presidente da Procempa modifica até uma Lei Federal,
através da Resolução nº 866 – ele modifica a Lei, Ver.ª Fernanda! – uma
resolução interna da Procempa. Aí ele sai da PROCEMPA e vai trabalhar no Paço
Municipal! Eu não estou acreditando que tenha ido para lá, mas vou verificar.
São essas questões que não dão mais! Tem que mudar! A política tem que ser mais
séria, não dá para brincar com o dinheiro público, Ver.ª Fernanda. O povo não
aguenta mais! Temos que ter mais seriedade. Não dá para fazer projeto criando
cargo, distribuir dinheiro, e não ter atribuição, não ter função! E depois só
resolvem mudar, corrigir, porque o Tribunal de Contas aponta, porque senão fica
lá recebendo, e é dinheiro público.
Então, eu não consigo compartilhar com esse tipo de
atitude. E, quanto ao Sr. André, espero que o Prefeito Municipal tome uma
atitude e, pelo menos, nos diga qual é a função que tem o André, Ver.
Ferronato, no Paço Municipal, porque assim não vai dar! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir o PLE nº 009/13.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, jovens que aqui
estão, eu acho que quase todos vocês foram para a rua mais do que qualquer um
de nós. Foram, reivindicaram, mas é uma pena que a Presidente Dilma não ouviu
ninguém. Eu disse aqui, agora há pouco, que o povo pediu tudo, e ela ofereceu
um plebiscito, um plebiscito que não responde nada. O Ver. Mauro Pinheiro tem
razão quando diz que a política tem que ser séria. Ver. Mauro Pinheiro, eu
tenho que concordar com Vossa Excelência. Se a coisa fosse séria mesmo, o pessoal
do mensalão já estaria preso, e não teríamos dois Deputados condenados lá no
Congresso Nacional. Tem que ser sério, tem que prender, e os condenados irem
para a cadeia! Não podem ficar só nessa conversa, estamos de acordo. Então, tem
que demitir – quando comprovar, tem que demitir! Agora, imaginem em Brasília:
os caras já foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal, não tem mais
discussão nenhuma, e tem dois que estão lá no Congresso Nacional votando. Como
é que nós vamos entender isso? Não tem como entender!
O Ver. Pedro Ruas e a Ver.ª Fernanda Melchionna
entraram com uma ação e ganharam aqui. O Governador quis pegar uma carona fácil
e ofereceu o passe livre. Mas para quem ele ofereceu? Além de ser todo
atabalhoado e não dar em nada, discriminou os estudantes. Ou se dá passe livre
para todos os estudantes, o que seria uma grande conquista, e aí, sim, se
ouviria as ruas. Mas não, o Governador Tarso foi lá e disse que ia dar passe
livre para alguns. É lógico que não passou. Já foi retirado o Projeto, que
estava com urgência na Assembleia, e foi para ser discutido. Eu espero que se
recomponha isso tudo, porque senão vai ficar chato. A Dilma, em uma semana, já
levou três derrotas; o Governador Tarso, de novo. Está ficando até ruim, parece
uma covardia ficar aqui batendo todos os dias na Bancada do PT. Não é essa a
nossa intenção, até porque os nossos colegas Vereadores são esforçados, tentam,
mas as lideranças do Partido não os ajudam. Está atrapalhando muito. O que se
está fazendo, tanto com o Governo do Estado quanto em Brasília, atrapalha a
Bancada de Vereadores aqui na Câmara Municipal, Ver. Delegado Cleiton. Está
difícil! Então, nós temos que, às vezes, responder, mas, muitas vezes, a
resposta não é para o nosso colega Vereador. Temos que lamentar que eles tenham
que defender posições como essas que o Partido tem tanto em Brasília quanto
aqui no Piratini.
Era isso, Presidente. Vou economizar mais dois
minutos para que os colegas possam complementar sobre os projetos e sobre o seu
encaminhamento. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
discutir o PLE nº 009/13, por cedência de tempo
do Ver.
Marcelo Sgarbossa.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, toda a
discussão que vem para tratar novamente de tema de CCs – já anunciei aqui a
nossa posição – a nossa Bancada não votará mais favoravelmente, como votou
contra esse projeto em dezembro, pois consideramos que foi um trenzinho da alegria,
e agora volta o projeto porque criaram o cargo e não deram atribuição. Eu quero
saber se o dinheiro vai ser devolvido desses seis meses em que esse CC,
Secretário Substituto, esteve lá sem função. Queremos saber se o dinheiro vai
ser devolvido, prezados Vereadores da base do Governo? Foram seis meses, e
agora vão criar atribuição, Ver. Ferronato, V. Exa. que representa o Governo. E
aí eu quero lhe dizer que nesse debate aqui não precisamos ter esforço para
questionar esses pontos. E um debate como esse é um debate da transparência
pública, é um debate da boa aplicação dos recursos públicos. Bom, e se formos
falar na boa aplicação dos recursos públicos, nós vamos resgatar alguns temas
aqui. E os 14 milhões desviados do Instituto Sollus, de que até agora não foi
prestado contas? E onde estão os CCs que governaram naquele momento? Na grande
maioria, continuam na Administração Pública Municipal. E o Consórcio da
Juventude, que teve desviado outros 8 milhões? Continuam na Gestão Pública
Municipal. E onde está o Conduto Forçado Álvaro Chaves, que aumentaram em R$ 17
milhões, e estourou o duto e até hoje não explicaram?
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto,
boa hora em que o senhor falou agora no Conduto Álvaro Chaves, e lembro que V.
Exa. esteve várias vezes lá, inclusive o senhor foi um dos que pediu que
mudasse o traçado do conduto, lembra? Nós éramos da CUTHAB, junto com o
Vereador, agora Deputado, Raul Carrion, e estivemos no local, lembra? Eu
pergunto: esse problema que deu no Conduto Álvaro Chaves não foi onde mudaram o
projeto?
O SR. ENGº
COMASSETTO: Foi exatamente onde foi mudado o projeto. Projeto esse que o Prefeito
negou a informação para esta Casa, porque foi feito um Pedido de Informações, e
até hoje não foi dito o porquê da mudança, no que incidiu a mudança, e agora
continuam a obra, fizeram lá um tapume, querendo botar a sujeira para baixo do
tapete. Portanto, Ver. Brasinha, o nosso papel aqui é fazer com que esse debate
venha às claras.
O Sr. Alceu
Brasinha: Com certeza, por isso mesmo que estou perguntado. Gostaria de fazer uma
pergunta a V. Exa., já que cada vez mais vocês falam dos CCs: por que, se no
Governo de vocês tinha poucos CCs, ficou quebrado o Município, que o Prefeito
José Fogaça teve que assumir aqueles R$ 176 milhões? Se vocês não tinham CCs,
por que deixaram quebrado?
O SR. ENGº
COMASSETTO: Repondo. Essa leitura que o senhor faz, o senhor e alguns colegas
conservadores, é uma visão equivocada que a Prefeitura ficou quebrada. É uma
questão de gestão, aqui tem o seguinte conceito: “caixa da Prefeitura no azul,
e o povo no vermelho”. É isso o que está acontecendo, porque, nesses nove anos,
o resultado do investimento de todo o orçamento aplicado, aprovado aqui, foi de
38%. Então, o Governo, nesse período, foi 3,8; enquanto isso a Saúde está aí.
Aqui fizemos um debate, aprovamos um projeto que não deu certo, faltam médicos
nos postos de saúde, faltam medicamentos, não têm fiscais que fiscalizam o
transporte público; é um conjunto de situações. E aquelas obras e projetos que
foram aprovados, as únicas que estão sendo realizadas são com recursos do
governo federal. Mesmo assim estão perdendo recursos porque não tem projeto.
Então, é essa a discussão que precisamos fazer. E no caso específico da
isenção, quando votamos aqui favoravelmente, e todas as emendas que
apresentamos foram derrotadas, o projeto dizia que diminui em 2,5% do ISSQN.
Quanto é 2,5%? São R$ 0,07. Em quanto baixou a passagem? Cinco centavos. Para
onde estão indo os outros dois centavos, assim como o dinheiro do PIS/Cofins
que daria 6,15%. A passagem deveria ser hoje R$ 2,67 e não R$ 2,80. Onde estão
ficando esses treze centavos? Essa é a resposta que precisamos. Um grande
abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLE nº
009/13
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, ouvi muitas
colocações aqui que fogem ao objetivo do Projeto. Eu não sei se os Vereadores
não leram o Projeto, ou se, de propósito, estão discutindo outras coisas. O
Ver. Comassetto, Líder do PT, disse que não votaria a favor de novos cargos em
comissão. Este Projeto diz bem claramente, muito claramente, que estabelece as
atribuições do cargo em comissão de Diretor-Geral Adjunto do DMAE, conforme Lei
criada em 27 de dezembro de 2012. Então, fica muito claro, senhoras e senhores,
que é para estabelecer as atribuições de um cargo, é dizer oficialmente, a
pedido do Tribunal de Contas, quais são especificadamente as suas atribuições.
O Tribunal já apontou várias irregularidades semelhantes nos exercícios de 2010
e 2011, e agora estamos regularizando. E o Projeto, Ver. Comassetto, está nesta
Casa desde 27 de fevereiro, Ver.ª Lourdes Sprenger, para definir atribuições.
Não é para criar um cargo, Ver. Mario Manfro, é para dizer, Ver. Dinho, o que
ele tem que fazer. Simples! E nós estamos aqui falando em ficha limpa, falando
do Governo Federal, do Governo Estadual, do Governo Municipal, do DEP, da Carris
e não falamos do Projeto. Então, por favor, vamos votar o Projeto, vamos ser
adequados.
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, só para
um esclarecimento: o pessoal está me perguntando que para esse cargo do DMAE
teria que ser engenheiro, confere?
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Não, porque é administrativo. E na administração não precisa ser
engenheiro; pode ser administrador, pode ser contador, não precisa exatamente
ser engenheiro. Ele não é de Diretor-Geral, é de Diretor-Adjunto que só vai
substituir, eventualmente, o Diretor-Geral.
A Sra. Lourdes
Sprenger: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, já é
uma tradição no DMAE, já tem até uma legislação interna, ou Municipal que o
substituto tem que ter a mesma categoria profissional, a de engenheiro. Porque,
justamente isso que o senhor falou, vai substituir um engenheiro em algum
acontecimento que venha a ocorrer, e deve estar preparado tecnicamente para
substituir o Diretor-Geral. Isso já existe lá, se não está no Projeto, já
existe no DMAE, eu tenho certeza.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: É possível que o Diretor-Geral, sim, mas, o substitutivo acredito que
não seja essa a exigência. E eu não sei também qual é a formação da pessoa que
está lá como Diretor-Adjunto já trabalhando sem as suas atribuições
oficializadas; o que a gente quer é só oficializar, e administrador,
engenheiro, economista, contador também sabem administrar.
O Sr. Valter
Nagelstein: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel e o
nosso Líder do Governo Airto Ferronato, eu sugeriria que este Projeto fosse
retirado e nós transferíssemos por algumas Sessões, por esta questão que foi
levantada pelo Ver. Idenir Cecchim e pela Ver.ª Lourdes Sprenger. É pré-requisito
para ser Diretor-Presidente do Departamento Municipal de Água e Esgoto, está na
Lei Municipal de Porto Alegre, a formação como Engenheiro. Parece-me que os
acessórios, e isso é uma regra do Direito, seguem o principal. Se a condição de
ser Diretor-Geral é ser engenheiro, é óbvio que quem substitui o Diretor-Geral
também tem que ser engenheiro. Então, eu sugeriria por uma questão de cuidado,
de zelo, ou então nós fazemos o contrário: nós quebramos a regra, e a exigência
e o pré-requisito, de que tem que ser engenheiro para ser Diretor do DMAE. Uma
das duas soluções têm que haver, senão vai ficar um remendo, que é um remendo
que vai ser tão feio como o que a gente discutiu na segunda-feira que queriam
botar no Código Tributário do Município algo que não era tributário. Essa é a
sugestão que fica e ao Líder do Governo que solicite o adiamento da discussão
por cinco Sessões para que a gente possa discutir melhor essa matéria. Muito
obrigado.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: E aí vem o Engº Comassetto dizer que ele está lá sem função, e nós não
oficializamos a função. Nós estamos aqui para realmente regularizar diante do
Tribunal de Contas. Eu não acredito que o DMAE vai fazer uma indicação fora dos
regulamentos. Eu acredito que o Diretor-Geral, se assim for a Lei, até seja,
mas o substituto é que irá justamente auxiliar o Diretor-Geral no cumprimento
de suas atribuições, coordenar as atividades de administração e de
desenvolvimento organizacional. Não é um setor técnico, ele não precisa ser
engenheiro para fazer atribuições de administração, só pode ser
Diretor-Adjunto.
A Ver.ª
Lourdes Sprenger: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Nedel, a informação que eu tenho é que a prerrogativa de
engenheiro é do Estatuto de Criação do DMAE, portanto, se está alterando o
Estatuto, nós temos que ser melhor informados.
O Sr. Engº
Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, como é
importante o debate, e esta é a Casa do Povo, a discussão tem que acontecer em
todos os momentos. E aqui eu já quero um registro, porque nós estamos em plena
Sessão. Pelo que sabemos, as portas da Câmara foram fechadas para ninguém
entrar. Nós não concordamos com isso. Só queremos dizer, Sr. Presidente, que
nós teríamos que dialogar com todos, nós somos aqui os Partidos de oposição.
Enquanto tiver Sessão, o Parlamento tem que estar aberto. (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Terminou o seu tempo, Ver. Nedel.
A SRA. JUSSARA
CONY: Por favor, Presidente, vamos falar com todas as Lideranças para termos
uma decisão, o Parlamento está funcionando, vamos deixá-lo funcionar.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: E aí me tiram da tribuna.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h29min.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 17h36min): Estão reabertos os trabalhos.
Obrigado às Lideranças.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, eu
só quero externar a nossa posição, que é favorável a que as pessoas que queiram
permanecer permaneçam, desde que não invadam o Plenário, e a Casa, de fato, é
do povo.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Eu entendo
que a Casa é do povo. Eu solicito que seja feita a abertura do portão do segundo
andar para que as pessoas possam adentrar ao saguão. Pode fazer isso, Sr.
Vadecir. Está liberada a entrada das pessoas no plenário. (Palmas.)
Eu fico à disposição, convido as lideranças do
movimento para apresentarem a pauta de reivindicações, para ver qual a
planificação, para que efetivamente construamos um caminho conjunto. Espero que
vocês indiquem uma representação, estou à disposição para recebê-los.
O SR. AIRTO
FERRONATO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito o adiamento da discussão
do PLE nº 009/13, por três Sessões.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Airto
Ferronato. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com os votos contrários dos Vereadores Engº
Comassetto, Mauro Pinheiro, Alberto Kopittke, Marcelo Sgarbossa, Fernanda
Melchionna, Sofia Cavedon.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 17h38min): Encerrada
a Ordem do Dia.
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1748/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/13, de autoria do Ver. Elizandro Sabino,
que inclui a efeméride Semana Municipal de Incentivo à Adoção de Crianças e
Adolescentes no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município
de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações
posteriores –, na semana do dia 25 de maio.
PROC.
Nº 1892/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 019/13, que revoga a Lei nº 10.823, de 21 de
janeiro de 2010, que inclui § 3º no art. 3º da Lei nº 10.260, de 28 de setembro
de 2007, assegurando ao usuário do estacionamento temporário remunerado, em
vias e logradouros públicos de uso comum, o direito de receber, em 2 (duas)
vias, o comprovante da retribuição pecuniária devida.
PROC.
Nº 1963/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 006/13, que altera o art. 14 da Lei
Complementar nº 703, de 28 de setembro de 2012 – que estabelece as diretrizes
para a implementação da infraestrutura necessária à realização da Copa do Mundo
de 2014, implantação do Sistema Bus Rapid
Transit (BRT) e do Metrô de Porto Alegre.
PROC.
Nº 0833/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 059/13, de autoria do Ver. João Derly e da Verª
Jussara Cony, que altera o parágrafo único do art. 2º da Lei nº 8.465, de 20 de
janeiro de 2000 – que institui o ensino dos Direitos Humanos no currículo
escolar do ensino fundamental e médio das escolas da rede municipal de Porto
Alegre –, incluindo a Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria
da Penha), no rol de normas que guiarão atividades realizadas como temas
transversais.
PROC.
Nº 1472/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 112/13, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que
institui o programa Licitação Sustentável. Com
Substitutivo nº 01.
PROC.
Nº 0965/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/13, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
cria o Programa de Oportunidades de Emprego a Egressos do Sistema Prisional e a
Menores Infratores do Município de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 1709/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 172/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
inclui a efeméride Dia Municipal dos Pretos Velhos no Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº
10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 13 de maio.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0517/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 018/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
institui o Programa Casa Segura para autorização e classificação de
funcionamento de estabelecimentos comerciais ou públicos de entretenimento, de
alimentação e de eventos no Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 1262/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 112/13, de autoria do Ver. Christopher Goulart,
que inclui a efeméride Dia Municipal das Reformas de Base no Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº
10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 1º de abril.
PROC.
Nº 1306/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 009/13, de autoria do Ver. Waldir Canal, que institui o Programa
Vereador Mirim na Câmara Municipal de Porto Alegre e revoga a Resolução nº
1.157, de 18 de maio de 1992.
PROC.
Nº 1393/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 130/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
dispõe sobre a implementação e a manutenção de sistema de segurança em casas
lotéricas.
PROC.
Nº 1870/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 198/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Nicola Laitano o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua A-F – Loteamento Toscana –, localizado no Bairro Jardim do Salso.
PROC.
Nº 1893/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 020/13, que desafeta e autoriza a alienação do
próprio municipal, localizado na Av. Carlos Gomes, nº 838, áreas 1 e 2, à
empresa Cascavel Lord Hotel Ltda. ME.
PROC.
Nº 1966/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 021/13, que declara de utilidade pública a
Escola de Educação Infantil Cantinho Doce.
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Continuando a nossa Sessão, eu fico à disposição
para recebê-los. (Pausa.) As portas estão abertas. Eu continuo à total
disposição de vocês.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir a Pauta.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, a Presidente Dilma
Rousseff anunciou na semana passada cinco medidas para que viesse à tona no
nosso País, medidas tais como a de responsabilidade fiscal, na qual o Governo
diria que a responsabilidade fiscal seria garantir a estabilidade econômica do
nosso País. Mas a responsabilidade fiscal é uma coisa que não teremos no Brasil
sem uma nova tabela de imposto de renda, sem o fim do fator previdenciário e
principalmente sem o novo pacto federativo e a tabela dos juros.
(Manifestantes invadem o Plenário.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h48min.)
* * * * *